novembro 03, 2011

The End

Tudo tem um início. um meio. e um fim.
Tudo tem um sentido. um significado. um porquê.
Tudo tem um momento. um instante. uma hora para acontecer. e uma outra para terminar.
A vida ensinou-me isso de formas tão amargas que a aprendizagem está tatuada na minha pele.
A vida continua, tem que continuar, e ficar agarrado a um passado que não volta mais é esquecer que existe presente e futuro, é esquecer que existimos e que o Mundo à nossa volta não pára e se não andamos ao mesmo ritmo que ele, somos derrubados pela imensidão da sua força. Se gostava que tudo tivesse sido diferente? Sem dúvida. Se gostava de conseguir sonhar como antes? Era tudo o que queria. Se um amor verdadeiro se esquece? Nunca. Se as memórias nos ajudam a viver? Em parte. Mas não passam disso mesmo, de recordações, imagens projectadas que não voltaremos a captar.
Por isso a minha luta chegou ao fim e chega também ao fim este blog. Fica a certeza de um sentimento com 5 P's: irrecuperável, inconmensurável, insubstituível, inigualável e ininteligível.

"Então está tudo dito meu amor
Por favor não penses mais em mim
O que é eterno acabou connosco
E este é o princípio do fim
Mas sempre que te vir eu vou sofrer
E sempre que te ouvir eu vou calar
Cada vez que chegares eu vou fugir
Mas mesmo assim amor eu vou-te amar
Até ao fim do fim eu vou-te amar"
[AM]


2010 | um ano de caos.
2011 | um ano de luta.
2012 | será com certeza um ano de estruturação.


Talvez um dia consiga entender o porquê de tanta provação, de tanto sofrimento, de tanto obstáculos e tantas derrotas. Talvez um dia esta linha p'ra lá de torta faça sentido em nome de algo maior.

Não posso mais recusar-me a viver...


Goodbye

junho 29, 2011

Angel

R.I.P. Angélico *

Um ano | Por ti

Um ano. Trezentos e sessenta e cinco dias. Oito mil setecentas e sessenta horas. De saudade. De dor. De revolta. Mas também de amor. “Onde há sentimento, há dor”, dizia Leonardo da Vinci. Não poderia estar mais próximo da verdade, a dimensão da dor é proporcional ao afecto investido na pessoa amada que perdemos, que, por sua vez, é proporcional à força das lembranças deixadas.

A vida não pede licença, chegou, viu e venceu…levou-te para sempre. A tristeza é tão dolorosa que são esforços vãs tentar dizer o indizível e exprimir o inexprimível. É o que é e por mais que tentemos, jamais conseguiremos traduzir tudo aquilo que nos percorre a alma. Só mesmo quem em algum momento sofreu uma perda semelhante pode ousar compreender aquilo que sentimos. Eu própria não o conseguiria fazer antes.
Sinto a tua falta Pai. Hoje mais do que ontem e muito menos do que amanhã. Continuo sem perceber, sem aceitar, sem encontrar a minha paz interior, aquela que me roubaram quando decidiram levar-te. A vida pode ser tremendamente injusta e eu não irei conseguir vivê-la da mesma forma, nunca mais... Não há nada que valha verdadeiramente a pena! A tua perda mostrou-me que a vida é uma breve passagem, que se esgota rapidamente e absorve tudo aquilo que demorou anos a conquistar. Assim aconteceu connosco.
Todos os dias o meu pensamento vagueia para ti. Para a falta que me fazes, para o quanto deixaste de viver connosco, o quanto ficou por ver e fazer… O tempo passa e tudo aumenta: a dor, a saudade, o vazio que deixaste. Todos os dias penso em ti da mesma forma e com a mesma sensação de amputação. Perdi uma parte importante de mim que jamais será suprível.
Nada mais será igual, o que aconteceu há um ano tatuou a nossa história, haverá para sempre um antes e um depois que em nenhum ponto serão coincidentes. Estamos a reaprender a viver sem a tua presença física – a espiritual não mais será substituída.
Nesta caminhada, há dias mais difíceis dos que outros, e não são necessariamente os ditos “especiais” que se mostram mais dolorosos. Não. Há muitos dias, cuja data nada significa, em que o sofrimento escorre dos olhos sem o conseguirmos conter, porque sofrer por perder um pai, sobretudo sendo tu o Homem que foste, não tem dia marcado, é uma estrada infindável que percorremos sem possibilidade de fazer inversão de marcha e nela vamos sentido as oscilações do terreno, que exaltam ou camuflam o sentimento de perda e que invariavelmente vai estar sempre lá.
Há um ano atrás assisti impotente ao desmoronar de tudo aquilo que julgava “eterno”, de um segundo para o outro tudo perdeu o sentido. Se algo me prendeu à vida foi a força e a coragem que aprendi contigo e a certeza de que agora me cabia a mim cuidar dos nossos. Mas naquele momento toda a minha vontade era desistir. Desistir. Desistir. Não concebia este mundo sem ti. Mas não cedi… Sobrevivi. Sobrevivemos à tragédia, de cabeça erguida, muito mais por ti do que por nós. E hoje, volvido um ano, afirmo sem qualquer dúvida que continuas cá. Comigo. Connosco. Todos os dias, todas as horas, todos os instantes. Existem pessoas especiais. Não existiram. Nem existirão. Existem. Assim. No Presente do Indicativo. Por isso, por serem especiais. E tu és, sem dúvida, a nossa pessoa especial que existe e continuará a existir enquanto cada um de nós viver.
A força que nos mantém não nos pertence. É-nos dada por ti. Hoje, ontem e todos os dias. Oxalá possas continuar a transmitir-nos a tua energia…


Recordo o Homem. O Pai. O Marido. O filho. O militar. O amigo. O cidadão. O HERÓI. Conseguiste cumprir de forma exemplar as tuas múltiplas facetas. Quem te conheceu saberá do que falo. Bastava estar contigo para nos deixarmos contagiar. Pela força. Pelo entusiasmo. Pelo querer sempre fazer mais e melhor. Pela fonte de energia inesgotável. Pelo coração enorme que respondia incansável a todas as solicitações. Pelo espírito de guerreiro destemido. Pela humildade. Pelo carisma.


Para sempre o nosso herói e a nossa fonte de inspiração. Saudades Pai. *

21-06-2011

junho 16, 2011

*PAI

Esperei por ti todas as horas
Frágil sombra olhando o cais
Mas mais triste que as demoras
É saber que não vens mais



- Ana Moura -

junho 14, 2011

Pegadas na areia

Já conhecia este texto, mas recordaram-mo há um ano... Obrigado à S. da Servilusa pela gentileza, embora saiba que esse é o vosso trabalho, prestaram um serviço pra lá de excelente. Nunca me lembrei de vos agradecer e agora que li este texto lembrei-me que há um ano enviaram-no para "acalmar" a minha dor.


Certa noite, sonhei que estava na praia com o Senhor, e, através dos céus, passaram cenas de minha vida. Para cada ano que passava eram deixadas dois pares de pegadas na areia, um era o meu e o outro do Senhor. Quando a última cena da minha vida passou diante de nós olhei para trás e notei que, muitas vezes no caminho de minha vida, havia apenas um par de pegadas.

Notei também que isso só acontecia nos momentos mais difíceis do meu viver, isso aborreceu-me e perguntei então ao Senhor:
Senhor! Tu me deixaste… Por quê? Se um dia me disseste que eu resolvi te seguir que tu andarias sempre comigo. Mas notei que durante as minhas maiores aflições, havia na areia do caminho da minha vida, apenas um par de pegadas. Não entendo porque nas horas mais difíceis de minha vida tu me deixaste.


O senhor me respondeu:
Meu precioso filho, Eu te amo e jamais te deixaria nos momentos das suas provações e do teu sofrimento.
Quando viste na areia apenas um par de pegadas, foi porque exactamente aí,
“Eu te carreguei nos braços.”



 - Margareth Fishback Powers -

Onde foi que nos perdemos?!

junho 09, 2011

Até ao fim do Fim

Sometimes

you have to be apart from the people you love, but that doesn't make you love them any less. Sometimes it makes you love them more.

 - Last Song -

Tudo o que eu precisava hoje

...era sentir que estou no caminho certo.

junho 08, 2011

Almas

" A razão porque doi tanto separarmo-nos é porque as nossas almas estão ligadas. Talvez sempre tenham estado e sempre o fiquem. Talvez tenhamos vivido milhares de vidas antes desta, e em cada uma delas nos tenhamos reencontrado. E talvez que em cada uma tenhamos sido separados pelos mesmos motivos. Isto significa que esta despedida é, ao mesmo tempo um adeus pelos últimos dez mil anos e um prelúdio ao que virá.

Quando olho para ti vejo a tua beleza e graça, e sei que cresceram mais fortes com cada vida que viveste. E sei que gastei todas as vidas antes desta à tua procura. Não de alguém como tu, mas de ti, porque a tua alma e a minha têm que andar sempre juntas. E assim, por uma razão que nenhum de nós entende, fomos obrigados a dizer-nos adeus.



Adoraria dizer-te que tudo correrá bem para nós, e prometo fazer tudo o que puder para garantir que assim será, mas se nunca nos voltarmos a encontrar outra vez, e isto for verdadeiramente um adeus, sei que nos veremos, ainda noutra vida. Iremos encontrar-nos de novo, e talvez as estrelas tenham mudado, e nós não apenas nos amemos nesse tempo, mas por todos os tempos que tivemos antes."



 - Nicholas Sparks | Diário da nossa Paixão -

junho 07, 2011

Há finais que não são felizes

Se disser que te amo, que continuo a sonhar com um happy end, que acredito no nós, que vejo a luz de felicidade à nossa espera no final da estrada e que lutaria por ti e contigo para voltarmos a ser passado, presente e futuro, podes acreditar.

Mas tu empurraste a minha fé, o meu querer e o meu sentir para o fundo do baú! [Hoje] são palavras já gastas, sem força, nem emoção. São palavras que me saiem rasgadas, a muito esforço do coração.

E não é que ela tem toda a razão...

"Há alturas na vida em que só precisamos de mudar de (l)atitude. Ter essa coragem.


Sair um bocadinho da nossa zona de conforto e permitir que o princípio também possa ter meio. Desejar que o fim seja só o dos livros e dos filmes que nos fazem suspirar; admitir que não estamos sempre certos, que a razão não vive sempre do nosso lado e que a vida não é sempre boa e cor de rosa [e ainda bem, porque só assim podemos dar o devido valor aos momentos verdadeiramente felizes].

E eu não acho que esta mudança, naturalmente imposta por outras mudanças, seja um momento de fraqueza. Não acho. Acho que está mais perto de um exercício de honestidade. Para com a vida, para com os outros e, acima de tudo, para com tudo aquilo que dita a imensa esfera da nossa essência."

Daqui.

A passo de caracol...

Porque é que as notícias, sobretudo aquelas que são importantes e que podem representar uma viragem de 180º, vêm sempre a passo de caracol?

Feitiço


"Se não quiseres ficar, vai-te embora, não te posso obrigar, Não tenho forças que me levem daqui, deitaste-me um encanto, Não deitei tal, não disse uma palavra, não te toquei, Olhaste-me por dentro, Juro que nunca te olharei por dentro, Juras que não o farás e já o fizeste"


- Memorial do Convento | de José Saramago -

Juro que não entendo...

Há muitos momentos em que o caminho mais fácil é simplesmente fugir ou até mentir para não vermos a nossa confortável posição ameaçada. Quando isso toca no que os outros sentem, estamos a usar armas indevidas numa guerra que não é a deles. Mas até aqui tudo bem...é a lei do mais forte, o sentido de sobrevivência. Grave é quando esse caminho implica mentir a nós próprios...aí estamos a ser desleais com o que sentimos e a hipotecar a oportunidade de sermos felizes. Só por que sim! Só por que é mais confortável! Só por que o medo fala mais alto! Só por que é mais fácil! Só por que ir à luta significa assumir o risco! A felicidade não se repete, vamos é encontrando no caminho outras formas momentâneas de sermos felizes, as chamadas réplicas. Aquela felicidade que nos enche a alma, que nos faz vibrar e que transparece nos olhos sorridentes, essa perde-se quando a abandonamos e desistimos de a recuperar.
Se podemos viver sem ela, claro que podemos [mas não é a mesma coisa].

Só nos restam duas opções: ou vedamos definitivamente os olhos que de forma insistente procuram afirmar a verdade do que sentimos, ou assumimos de uma vez por todas aquilo que nos vagueia no coração. Não há um meio termo que justifique não tomarmos uma decisão. Ou é preto ou é branco, neste caso não cinzento. Ou nos enganamos ou somos leais connosco próprios. E isso cabe a cada um decidir onde se quer posicionar e se está disposto a assumir as respectivas consequências de cada opção.

Mas quem sou eu para julgar?! Não o fiz, nem o farei. Só não pretendo ser uma bola de ping-pong que é jogada para um ou outro lado do campo conforme o estado de espírito. Se me culpabilizo por ter demorado demasiado tempo a perceber tudo com a devida clarividência, jamais me culparei por não ter tentado, por não ter lutado... Mas o verdadeiro guerreiro sabe qual é o momento de desistir. Eu assumo a derrota e já desisti há muito tempo.

Há dias assim...

em que tudo parece surreal.
em que dás por ti a fazer/dizer o inacreditável.
em que te pedem conselhos que não podes/sabes dar.
em que tens que lidar com as atitudes mais infantis dos últimos tempos, quando já pensavas ter passado essa fase.
em que chegas à conclusão que amar é abdicar em prol da felicidade do outro.
em que a vida te oferece uma das suas maiores ironias.

Mas tudo bem, sobreviveste e até ficaste bem na fotografia!

...

The true... its about love :)

Largar mais...

Meu amor,

Há tempo....

Sem assuntos, sem medo
Se te atreveres a ser COMPLETAMENTE TU.

Venha o que vier,
Agarra bem o mundo
Acredita o tempo é sempre agora,
Não hás mais rodeios, desenganos ou demoras

O teu sentido és tu
Com tudo o que trouxeres em ti ainda

Eu sei que às vezes muito perto desfoca
E querer o mundo inteiro no peito sufoca.

Mas...
Eu quero-te aqui
Eu quero-te em mim


[...]

Não te quero largar mais
Não te quero largar mais
Não te quero largar mais

maio 17, 2011

Devagar, devagarinho, [quase] parado

Enquanto formos andando, mesmo que a este ritmo, significa que a janela ainda está encostada, à espera que lhe deitemos a mão! Resta-nos ter sempre a energia suficiente para continuar a acreditar...

Falta pouco mais de um mês


...e já não vejo a hora de te ver e sentir que és mais uma estrelinha na nossa vida, mais um motivo pelo qual continuamos a acreditar que não podemos desistir. Vais trazer vida ao vazio em que vivemos, não irás preenche-lo por inteiro mas acredito que conseguirás dar-nos um novo alento. Não sei em que dia vais nascer, ninguém quer que nascas no tal dia...eu própria me sinto ambiguamente dividida na opinião, mas a verdade é que gostava que nascesses. Tenho a certeza que estejas onde estiveres, foste tu que nos concedeste a dádiva deste presente. O dia em que partiste ficará para sempre marcado na nossa história como o dia da ruptura, o dia em que a vida perdeu o sentido, o dia em que o Mundo nos mostrou que pode ser tamanhamente cruel sem fundamento. A tua ausência irá acompanhar-nos sempre, em todos os dias, não mais nesse do que nos outros, todos em que somos obrigados a viver sem ti, e se há dias em que consigo viver (talvez por que mergulho na ilusão de que nada aconteceu), a maior parte deles não são mais do que sobreviver à dor e ao desespero de não te ter e de ver uma família destruída. Por isso é que penso que o Di irá nascer quando tiver que nascer, quando ele, Deus ou tu escolherem...e se for no dia em que nos deixaste, irei encarar isso como um conforto teu, como um desejo de estares aqui connosco a partilhar esse momento. Ias vibrar tanto com este dia...o teu único sobrinho vai ser pai!! Como eu sei que estarias feliz por isto...não havia como tu para brincar com as crianças, não havia como tu para lhes dar a tal sensação de conforto e protecção que sempre nos soubeste dar, não havia como tu para seres A referência nesta família, não havia como tu...e não irá haver! Este bebé perdeu a grande oportunidade de conhecer a maior e melhor referência masculina que ele poderia ter, mas não deixarei que ele cresça sem saber que exististe e como eras... E tenho a certeza de que ele se sentirá "orgulho" em nascer no dia em que a vida te roubou de nós. Durante toda a minha vida tive um sentimento semelhante, para eu viver, alguém teve que partir... :(

maio 02, 2011

Continue....

true love

Happiness

Ambiguidade

Se por um lado acredito e agradeço de coração cheio a oportunidade que me foi concedida, foi a paz que me faltava para seguir em frente com um pouco mais de força. Por outro duvido da veracidade de tudo isso. Desculpa mas duvido. Como posso eu acreditar no que vivi, se hoje perante tamanha oportunidade nos viraste mais uma vez as costas... Pedi-te tanto e tantas vezes, não por mim, mas por ela! Era a sorte miníma que lhe poderias dar perante tamanho pesadelo, era uma força, uma inspiração, um sinal de que continuas connosco e acima de tudo ao lado dela. Eu sei que se quisesses tu conseguirias...mas não aconteceu, nada de nada. Por muito que fosses muito céptico, a haver um fundo de verdade, tenho a certeza de que a tua maior vontade seria "tocar-nos". Eu, pelo menos, "toco-te" todos dias das mais variadas formas...espero que elas alcancem a tua alma!

março 20, 2011

[Dia do Pai]

A vida leva depressa aqueles que mais amamos, sem nos permitir desfrutar na plenitude todo
o valor que têm para nos acrescentar. Hoje é um dia difícil Pai, tu sabe-lo. Não que seja diferente dos outros, não que sinta mais a tua falta hoje, não que o sofrimento e a dor da saudade sejam maiores. Talvez porque hoje, como em tantas datas especiais que deixámos de poder partilhar, não podemos estar (fisicamente) juntos. Estou contigo em pensamento, carrego-te no coração e na alma, emitindo gritos mudos e desesperados em cada lágrima que me percorre o rosto. Jamais voltará a ser igual, 9 meses de um sofrimento aniquiliador que nos persegue mas que não queremos deixar. Por maior que seja a revolta e a incompreensão, resta-nos ir aceitando um dia de cada vez e reaprender a viver. Não foi sequer dada a oportunidade de ter esperança, de lutar contigo e por ti, de mover esta, a outra e todas as montanhas do mundo para te trazer de volta para perto de nós, de onde nunca deverias ter saído. Quem sou eu para te dizer o que devias ou não ter feito?! A esta distância parece fácil prever e prevenir, mas acredito piamente que para ti este nunca foi um cenário possível, nem sequer fazia parte da tua última hipótese, porque simplesmente tu vivias com vontade, com alegria e com segurança. Quem quer que estivesse ao teu lado, sentia-se seguro…tinhas sempre a palavra certa, a solução a aplicar, o caminho a indicar e os braços para ajudar a carregar.




Hoje estaríamos juntos e a data seria assinalada, por muito que as convenções não assumissem na tua forma de estar um papel de grande relevância. Para ti era muito mais importante estares connosco todos os dias, receberes um beijo ao acordar e teres orgulho no que fazíamos. Ninguém é perfeito, nem mesmo hoje posso dizer que o tenhas sido, mas foste um GRANDE Ser Humano, um GRANDE Homem, um GRANDE Marido e um GRANDE Pai. Só posso agradecer-te tudo o que fizeste por nós, tudo o que nos ensinaste e todos os momentos que vivemos juntos enquanto família. Construíste uma família feliz que hoje está destroçada e a tentar arranjar forças onde não as há para continuar a equilibrar-se na linha sinuosa que se atravessou no nosso caminho. É a tua força e o teu carisma que muitas vezes me dão energia para não baixar os braços, para não ceder às lágrimas e à saudade constante que carrego comigo. Hoje penso que não te disse a vezes suficientes o quanto te amava e todo o orgulho que tinha em ti, enquanto Pai e enquanto Homem. O erro foi dar-te por garantido por muitos e longos anos, foi acreditar que eras imune à fatalidade e que estarias sempre cá para me amparar nos momentos difíceis e para sorrir comigo nos mais felizes.
Esforcei-me muito por nunca te desiludir, ainda hoje me empenho ao máximo para corresponder às tarefas que designaste para mim… Tenho-me tentado convencer que também eu não sou imune e que tenho momentos de fraqueza, mas é difícil assumir as nossas fragilidades quanto as dos outros que amamos são tão mais importantes para nós. Quero que, acima de tudo, eles estejam bem e eu cá me arranjo, uns dias com a dor mais eficazmente mascarada, outros dias mais fragilizada, mas sempre com a força de caminhar, por ti e por eles, muito mais do que por mim. Sei que não deveria ser assim, sei que se pudesses me dirias para não deixar passar a vida sem a aproveitar, mas hoje muito pouco faz sentido para mim, a não ser o nosso núcleo que apesar de desfeito e apesar da falta que nos fazes, continua unido e a apoiar-se mutuamente. As raízes que criaste, as lições de vida que nos deste e a exigência em cada pequena responsabilidade são as nossas luzes para continuar a (sobre)viver.

Se estivesses aqui hoje tenho a certeza de que me dirias: “Filha linda, estou cheio de saudades tuas, estão a ser insuportáveis já. Quero muito voltar para a nossa casa e para ao pé de vocês… A vida é muito curta, quando pensamos que temos tudo sob controlo, há sempre algo que nos atravessa o caminho sem percebermos sequer de onde surge e para onde vai. Por isso, não deixes que ela viva por ti, não deixes de dizer a alguém que o amas e que precisas dele. Desvaloriza os teus medos e vai à luta, abraça quem mais amas, dá milhões de beijos às pessoas que te são queridas e diz sempre o que o teu coração sentir… Liga de madrugada só para ouvir a voz da pessoa que amas, volta atrás, pede perdão, tenta outra vez… Mas acima de tudo, vive a vida e luta por ser feliz!”

Eu sei que tens razão Pai... Nós temos uma tendência natural para complicar aquilo que é simples. Investimos a maior parte do nosso tempo a estudar e a trabalhar para melhorar as nossas condiçõe  de vida, vivemos numa azáfama total na maior parte do tempo, o que não nos permite viver com a intensidade apropriada. Deixamos passar momentos especiais, esquecemos as promessas que fazemos e dos sonhos que elaboramos, desvalorizamos o “eu te amo” que nos disseram e o que dizemos. Abandonamos sentimentos e verdades por medo, por orgulho, por estar longe, por considerar que os obstáculos podem atrapalhar…e esquecemos que a única coisa que importa na vida não é o que temos, mas quem temos. Quando damos por nós, a vida já  terminou e não há como voltar atrás porque todos somos mortais, independentemente do timings escolhido.   

Por isso Pai, resta-me dizer-te que te amo, que tenho uma imensidão de saudades tuas (jamais teria forma de as quantificar) e que a vida sem ti ficou menos colorida e segura. Dava tudo para te ter comigo, connosco…


Prometo-te que irei encontrar o meu caminho, só te peço umas luzes…

março 17, 2011

Made for You



I feel that about you...

março 14, 2011

Insónias

Os pensamentos vagueiam por onde não devem e eu fico aqui a pensar no ontem, sem conseguir ver o caminho que o amanhã me reserva. Tenho saudades tuas! Desculpa dizer-te com tamanha sinceridade... Sinto falta dos laços mais profundos que nos uniam, mais do que a paixão , é a falta da cumplicidade e da complementariedade que me faz suspirar. Fomos tudo o que de mais e maior podíamos ter sido: amantes, amigos, companheiros, cúmplices, conselheiros e o colo aconchegante sempre que a vida não nos sorria. 
Sei que não vou conserguir recuperar nada disso porque na vida há coisas que não são reversíveis, ou que não queremos que sejam... Mas é um calmante para a alma saber que um dia fui feliz e que consegui atingir contigo o que sonhei. Se pudesse corria hoje para os teus braços e ficava eternamente a sentir o teu calor para me sentir protegida... Mas não posso, tenho que me proteger a mim mesma. E é por esse medo de cair e voltar a sofrer que prefiro manter o estado de alerta constante e as cancelas fechadas para o Mundo.
Um dia vou voltar a sorrir sem ti... pelo menos é isso que espero.



Era tão melhor se fosse contigo...

Ainda me faz chorar...

Recordando...

Minha macaca gira e bacana,
O teu focinho é que não me engana.
Pois se a macaca gosta de banana tu gostas de mim.
Como o macaco gosta de banana eu gosto de ti.



Ser feliz é isto!!! E eu já fui feliz!

março 13, 2011

Sofrer em silêncio

Quanto mais me esforço para me libertar, mais me sinto presa a ti. Sorry...

março 05, 2011

Coloca uma estrelinha no meu caminho...

Sabes bem como preciso dela, de uma luz que me ilumeine e alente neste caminho sinuoso que percorro todos os dias. Bem sabes o esforço que tenho feito...tenho sido forte Pai. Ou melhor, tenho-me feito de forte. Estou de pé, não baixei os braços, mas bem sabes que caminho sem aquilo que sempre me fez mover montanhas, a paixão pela vida, pelo que faço e pelas pessoas que me rodeiam. Neste momento nada disso existe...o único brilho no meu olhar é aquele que tenho quando choro pela tua ausência. Sinto-me perdida, desamparada, sozinha e com um peso enorme nos ombros. Assim eu pudesse escolher e tomar todas as decisões que quero para mim e seria uma pessoa ligeiramente mais feliz. Infelizmente a vida nunca foi fácil para mim e também não o está a ser agora. Cometi erros no passado que continua, a reflectir-se no presente e irão condicionar o futuro que não poderei construir. Aprendi às minhas custas e à custa de todas as desilusões que tive, a maior foi a tua perda... Não estava preparada para isso! :( Tornei-me numa pessoa mais amarga, menos ingénua, menos sorridente, menos apaixonante e muito menos feliz. Vivo por viver...vejo a vida a passar por mim sem nada acrescentar e sem eu ter força ou alento para a mudar. Tu sabes que eu sei o que tinha a fazer (ou melhor, o que queria fazer), mas não posso. Aceito o que a vida me reservou. Então vivo conformada à espera que algo mude. Imagino o quanto reclamas comigo sem que eu te posso ouvir. Nunca fui assim, nunca me ensinaste a ser assim, nunca foi isto que quis para mim. Todos os meus sonhos se desvaneceram há muito...falta o click para me fazer acreditar de novo. Vivo numa dualidade constante: por um lado sei que nada cairá do céu, por outro não acredito nem tenho forças para lutar.
Só queria conseguir vislumbrar uma luzinha que fosse que activasse em mim a vontade de viver e de amar. Tou fechada para o mundo!
Sabes que penso em ti todos os dias e que partilho contigo as minhas angústias. Muitos podem achar-me "maluquinha", mas para mim continuas a existir, quanto mais não seja no meu coração. Não sei se és tu, mas às vezes acho que colocas sinais no meu caminho...só não os entendo. Não consigo perceber o porquê daqueles sinais que todos os dias me seguem para onde quer que vá. Quem me dera acreditar que podia ser esse o caminho... Mas Pai, eu já fiz de tudo, não posso apagar os erros cometidos e reactivar um amor que pelos vistos não é correspondido. Por favor, se não for esse o caminho, não me continues a mostrar o que todos os dias insistes que eu veja. Não vejo qualquer tipo de viabilidade, resta-me esquecer e camuflrar aquilo que sinto.
Sei que não sou a super-mulher, como muitas vezes me têm dito. Mas sei qe não posso viver diariamente num estado depressivo. É por isso que me levanto todos os dias e visto a máscara profissional, que é a única que me consegue manter activa. Acho que aqueles que me rodeiam não conseguem perceber o que vai cá dentro e o tormento que vivo quando estou só, quando choro e me sinto perdida.
Confio em ti...só não me magoes mais Pai, já não faz sentido esse caminho, já tentei e obtive um não. Mostra-me outro, outra estrelinha...

fevereiro 11, 2011

Ó meu anjo da guarda...

faz-me voltar a sonhar.
faz-me ser astronauta, e voar.

Seis e seis

"Só tenho pena de não ser dona do tempo, porque houve momentos que, se pudesse, teria vivido mais vezes ou mais devagar, como quem saboreia um chá de menta, ao fim da tarde, no largo da Igreja a ouvir os sinos. E como escrever é a melhor forma de falar sem ser interrompido, digo-te agora e sem rodeios, fica comigo mais uma vez, vem rir do mundo e adormecer nos meus braços, abrir o teu coração e sonhar acordado, vem ter comigo hoje, porque eu quero lançar outra vez os dados e aposto que vai dar seis e seis outra vez, porque os dados nunca se enganam e a amizade é o amor sem preço e sem prazo de validade."

 - Margarida Rebelo Pinto -

fevereiro 08, 2011

Hoje vi o Manenkenpis! :(

janeiro 26, 2011

Faltas-me

"Falta-me a inspiração dos teus ombros sobre o meu corpo, a segurança do cheiro da tua pele, a tua cara a dormir na almofada ao meu lado, tranquilo e belo como um querubim. Falta-me o teu tempo e a tua respiração. Falta-me a tua mão na minha, quando ando na rua. E o teu olhar a envolver-me como um manto e o teu coração a bater ao mesmo tempo que o meu.
Fazes-me falta, meu amor [mor]. E a falta que me fazes não se resgata nas palavras, nas esperas, na conjugação estóica do verbo aceitar, nem na assunção lógica da temporalidade. Mas mesmo assim escrevo, porque ninguém ouve, e quem sabe, uma simples folha contenha a chave da liberdade. Porque só é livre quem abraça o mundo sem reservas, mesmo que fique pendurado por um fio entre a vida e a morte".

 - Margarida Rebelo Pinto in A minha casa é o teu Coração -


Se tivesse que escrever um excerto para descrever o que sinto...este seria aquele que encaixa perfeitamente no que me vagueia na alma. Faltas-me mas aceito. Como aliás, me tenho esforçado por aceitar tudo o têm colocado no meu caminho.

:(

Tudo o que damos nunca se perde...

"..., nada se perde, apenas se transforma e se guarda numa caixa que só o futuro conhece e desvenda."


 - Margarida Rebelo Pinto in A minha casa é o teu coração -

Podias e eu podia

"Podias-me ensinar a viver com os pés na terra e eu ensinava-te a voar; tu explicavas-me como é que aprendeste a proteger o coração e eu explicava-te como é que o podes abrir sem o perder. Tu mostravas-me todas as vezes em que fui exagerada e eu contava-te todas as vezes em que foste condescendente e pouco sincero. Tu demonstravas-me como o planeta se pode salvar com energias alternativas e eu explicava-te como é que o Gabril García Márquez conseguiu enviar o manuscrito de Cem Anos de Solidão, quando nem dinheiro tinha. Tu mostras-me novas constelações e eu dava-te uma noite de Lua Cheia diferente de todas as que já tiveste.
Quando me perguntam porque é gosto tanto de ti, nunca falo do teu porte aristocrático, da tua delicadeza rara, do teu cuidado e atenção quando amas uma mulher. Também não falo dos teus defeito, que conheço melhor do que pensas, porque o que sinto por ti está acima de todas as tuas virtudes e de todas as tuas falhas."

Amo-te...mas jamais será suficiente

Pega no telefone

"...e liga-lhe. Liga as vezes que forem precisas até conseguires uma resposta, a paz de uma certeza, mesmo que essa certeza não seja a que desejavas ouvir. Mas não fiques quieta, à espera que a vida te traga respostas. A vida é tu, tens de ser tu a vivê-la, não podes deixar que ela passe por ti, tu é que passas por ela. E quando todas as laranjas caírem, apanha-as com cuidado, guarda-as num cesto e muda de profissão. O cirso é para quem não tem casa nem país, não é vida para ninguém. Guarda as laranjas num cesto, leva-as para casa e faz um bolo de saudade para esquecer a mágoa. E nunca deixes de sonhar que um dia, tal como eu, vais encontrar alguém mais próximo e mais generoso que te ensine a ser feliz, mesmo com todas as pedras no caminho. Larga as laranjas e muda de vida. A vida vai mudar contigo."


Aprendi tarde de mais a lutar por uma resposta e a lutar contra os meus medos e orgulhos. Fi-lo, obtive a resposta e larguei as laranjas. Ainda não consegui fazer o bolo da saudade, porque ela acompanha-me todos os dias. Não consegui mudar a vida, mas espero que um dia (em breve) ela mude comigo.

O amor não se procura, encontra-se.

Não se ensina, aprende-se.


Eu encontrei-te (mas perdi-te). E aprendi (mas perdi-o).

Não consigo esquecer-te...

O destino afastou-nos para sempre...apesar de ser duro aceitar essa realidade que me persegue diariamente, eu sei que tenho que aprender a viver com ela. Mas não te esqueço, não te esqueci e nunca te conseguirei esquecer...sinto o pesdo da tua ausência em cada momento "feliz" que tenho, porque queria devidi-lo inteira e somente contigo! Nunca mais será possível, eu sei... Tenho-me esforçado, tenho cumprido o que te prometi e prometo-te que sempre e para sempre irei cumprir porque mais importante do que eu estar bem, é tu seres feliz! Quem sabe se não voltaremos a reencontrar-nos quando formos velhinhos e andarmos de bengala...como tantas e tantas vezes sonhámos!

Estou aqui...sempre estarei! Contigo no coração e na alma... :(