novembro 26, 2006

Tabaco: vício de uns, cruz para outros...

«Só 15% do fumo de um cigarro é inalado pelo fumador; o restante dispersa-se pelo ar e pode ser aspirado por outras pessoas. “Fumo Passivo” é aquele que os não-fumadores experimentam quando respiram o fumo do tabaco que os fumadores libertam para o ar. Este fumo resulta do queimar do tabaco e do fumo expelido por fumadores.» (In www.help-eu.com)






De facto, é lamentável que os vícios de uns se tornem "cruzes" para outros que não pediram nem fizeram por isso. Se querem fumar. Se não querem ou não têm força de vontade de deixar o vício é da vossa responsabilidade. Não podem é obrigar quem não quer fumar a fazê-lo, indirectamente, para seu bel-prazer. Será que custa assim tanto entender isto?! Fumem...fumem à vontade...mas longe de quem não ter por opção fumar!

novembro 18, 2006

A inércia do medo...


O medo... a mais poderosa arma, aquela que nos deixa num estado agêntico, com medo das consequências que possamos sofrer. Por medo se matam pessoas, por medo aderimos a causas que não são nosssas, por medo muitas vezes nos calamos, por medo se educam as crianças, por medo não prosseguimos os nossos sonhos, por medo não fazemos o que gostaríamos, por medo....por medo...por medo...e mais uma vez, por medo deixamos de ser felizes!

"Não se deixam dominar pelo medo" ...frase já bem nossa conhecida e completamente verdadeira!

novembro 12, 2006

Reflexão científica sobre o AMOR...



É uma força que a ciência não consegue explicar, nem medir, pois desafia todos os conceitos e teorias. É mais rápido que a luz, está além do tempo e do espaço, ultrapassa o material e nenhum livro o consegue desmistificar. Como é que algo maior que o infinito cabe num pequeno coração?! "A cada coração apaixonado corresponde um amor da mesma intensidade e sentido igual". O amor atrai mais amor, na proporção directa do que é dado e na razão inversa à dureza do coração. Os vectores do amor apontam no sentido da felicidade e a força resultante é maior do que a soma do amor que a forma.





Desafia totalmente as leis lógicas da matemática, pois no amor 1+1=1 e o total é muito mais do que a soma das partes. Os pólos do amor, sejam iguais ou opostos, jamais se repelem. No amor nada se perde, tudo se cria e transforma para melhor.

Ele é invisível, inaudível e inodoro, só o sentimos caso sejamos invadidos por ele. Quando se fala nele todas as leis da física são quebradas: 2 corpos querem ocupar o mesmo lugar no Espaço simultaneamente e, apesar de não-condutores, soltam faísca quando se tocam e o tempo pára quando se beijam. O amor ainda é um quebra-cabeças para a medicina: é uma doença que só faz o bem, começa no coração mas rapidamente se propaga a todo o corpo. Transmite-se por um beijo, um abraço, um toque, uma palavra, um olhar e não há cura, vacina ou tratamento que acabem com ele. Só um coração completamente fechado não corre o risco de contrair o amor.



O amor é aquilo que todas as ciências desconhecem, mas que os verdadeiros amantes sabem de cor. Ele está em todo o lugar, em todos os tempos, em cada átomo do Universo, em cada coordenada do espaço-tempo e não se sabe bem qual o seu início histórico.

Sabemos apenas que é aquilo que todos nós procuramos...

novembro 11, 2006

Elogio à diferença...

Já é hora da frase "todos diferentes, todos iguais" começar a ter um sentido real em todos os aspectos da nossa vida. Deixemos de lado a mentalidade retrógada que nos cega para a realidade. Não há pessoas diferentes, há pessoas como nós...autênticas e que lutam por ser felizes! Com carinho...


Rosa branca...


Numa noite encatadora que parecia arrancada de um conto de fadas, a Lua deixava os seus vestígios de luz no lago onde passeavamos de barco. As estrelas pareciam envergonhadas pela cumplicidade desenhada apenas por olhares. Guardara religiosamente na minha bolsa uma rosa branca durante o nosso passeio pelo jardim e, quando menos esparavas, surpreendi-te. Quem disse que não se oferecem flores a um homem estava redondamente enganado. Eu ofereci-te uma naquele instante como prova do meu amor, da minha pureza, da minha fidelidade. Recebeste-a com os olhos a brilhar e deste-me um beijo apiaxonado como que retribuindo o meu gesto.
Ficámos abraçados, a olhar o céu...e na magia daquela noite, vislumbrámos simultaneamente uma estrela cadente a rasgar o firmamento, num espectáculo quasse irreal. Contagiados por este cenário, os nossos corpos começaram a falar a mesma língua e, numa sintonia total, foi estabelecida a suprema união feita pelo amor, que originou uma melodia divinal e que não mais deixou de nos acompanhar.


...
Quantas pessoas naquele lugar tinham o instinto de olhar justamente no mesmo segundo para o céu e ver aquela estrela?! Milhares delas percorrem o seu caminho na esperança de encontrarem essa estrela, nem que seja por breves instantes e jamais a encontram porque acabam por se distrair, dando atenção a insignificâncias.
Tu e eu vimos essa estrela e alcançámos juntos o que mais desejavamos...o verdadeiro amor.

novembro 05, 2006

Solidão...



"... é quando nos perdemos de nós mesmos e
procuramos em vão pela nossa alma."


(Chico Buarque)

Onde estou eu?!


Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
A minha face?

Cecília Meireles

novembro 04, 2006


Bebido o luar, ébrios de horizontes,
Julgamos que viver era abraçar
O rumor dos pinhais, o azul dos montes
E todos os jardins verdes do mar.
Mas solitários somos e passamos,
Não são nossos os frutos nem as flores,
O céu e o mar apagam-se exteriores
E tornam-se os fantasmas que sonhamos.
Por que jardins que nós não colheremos,
Límpidos nas auroras a nascer,
Por que o céu e o mar se não seremos
Nunca os deuses capazes de os viver.
(Sophia de Mello Breyner Anderson)