outubro 26, 2010
outubro 21, 2010
É o número 11!
"Vejamos um exemplo. Imagine que você está vivendo um momento de profunda dúvida em sua vida. Você tem um trabalho estável há dez anos e o destino lhe traz a chance de trabalhar em algo diferente. O desafio e a novidade lhe atraem, ainda que haja insegurança quanto a deixar o emprego ao qual você inevitavelmente se acostumou. Você então sai para uma caminhada, tentando clarear a mente e conseguir alguma resposta consigo mesmo. Ao caminhar pelas ruas, você passa pelas pessoas como se elas lá não estivessem, sentindo-se totalmente mergulhado nas interrogações de sua mente. Quando se encontra um tanto angustiado pela dúvida, pergunta a si mesmo de maneira consciente: "o que eu vou fazer?", e é então que escuta a conversa de duas pessoas pelas quais você vem a passar exatamente naquele momento. Uma delas diz: "é número 11".
O mesmo processo poderia ocorrer de outra maneira, digamos, você poderia formular uma pergunta de maneira consciente e de repente perceber um número 11 em um edifício, casa, ou seja, o que for. Ou alguém usando uma camiseta com o número 11 cruza seu caminho. Ou mesmo ainda o sino da igreja toca onze vezes. Não importa como o número vem, o importante é o número em si, pois ele traz uma mensagem.
Algo faz cair a ficha. De alguma maneira curiosa, você sente que esta é a resposta para sua pergunta. O que fazer? É número 11. Se você sabe o que significa este número, ou seja, se você tem uma impressão sobre o mesmo, a coisa soará como uma mensagem. Neste caso, lembremos que o número 11 implica excesso, pois está além da perfeição e finalização de 10.
Desta forma a mensagem começa a tomar corpo, sugerindo que a mudança de emprego seria melhor que manter uma condição de vida já estabelecida. Conclui-se que a sugestão é seguir adiante, então mudar de emprego seria melhor que manter uma condição de vida já estabelecida. Por outro lado, se o número fosse 10 ao invés de 11, a idéia seria continuar trabalhando no mesmo local - uma mudança seria até mesmo arriscada, já que 10 é a confirmação do que já existe. Ao contrario de 11, 10 não é o começo de um novo caminho."
O mesmo processo poderia ocorrer de outra maneira, digamos, você poderia formular uma pergunta de maneira consciente e de repente perceber um número 11 em um edifício, casa, ou seja, o que for. Ou alguém usando uma camiseta com o número 11 cruza seu caminho. Ou mesmo ainda o sino da igreja toca onze vezes. Não importa como o número vem, o importante é o número em si, pois ele traz uma mensagem.
Algo faz cair a ficha. De alguma maneira curiosa, você sente que esta é a resposta para sua pergunta. O que fazer? É número 11. Se você sabe o que significa este número, ou seja, se você tem uma impressão sobre o mesmo, a coisa soará como uma mensagem. Neste caso, lembremos que o número 11 implica excesso, pois está além da perfeição e finalização de 10.
Desta forma a mensagem começa a tomar corpo, sugerindo que a mudança de emprego seria melhor que manter uma condição de vida já estabelecida. Conclui-se que a sugestão é seguir adiante, então mudar de emprego seria melhor que manter uma condição de vida já estabelecida. Por outro lado, se o número fosse 10 ao invés de 11, a idéia seria continuar trabalhando no mesmo local - uma mudança seria até mesmo arriscada, já que 10 é a confirmação do que já existe. Ao contrario de 11, 10 não é o começo de um novo caminho."
11
"O número das revelações. O plano de conhecimentos mais elevados. O ideal. A junção de Deus (1) com o mundo (10): é o sinal do início do conhecimento de Deus, isto é, da admissão à vida superior dos céus. Símbolo da transição, excesso e perigo. Número da fragmentação, sendo por isso também considerado diabólico."
outubro 18, 2010
Carta a ti
Pai,
Hoje sinto necessidade de te escrever, mais uma e tantas vezes. Encontro através da escrita a forma mais fidedigna de comunicar contigo. Sabes o projecto ao qual me tenho dedicado ultimamente, tem sido grande o esforço e o empenho, embora, por vezes, sinta que ainda não tenho a concentração e lucidez necessárias para fazer o melhor que posso. Mas vou caminhando nele, tentando produzir exactamente aquilo que pretendo dar a conhecer...só espero que todo este esforço seja recompensado, que encontro forma de concretizar aquilo que desejo em tua homenagem e em nossa também. Tenho a certeza de que irias aprovar se aqui estivesses...pode demorar mais do que o previsto, mas não vou desistir.
Sabes como a vida não tem sido fácil para nós. Viver com a tua ausência, sob toda e qualquer forma possível, é uma sensação bastante dolorosa. Não tinha que ser assim, havia tantas alternativas possíveis, menos fatais e mais apaziguadoras. Seria egoismo pedir que pudesse ser de outra forma?; dizer que merecíamos tudo menos isto? Na verdade sei que ninguém o merece, mas, vivido na primeira pessoa, é incomparável o vazio que sente. Nunca mais deixará de haver vazio, nunca mais deixaremos de ter saudades, nunca mais teremos uma família completa e feliz. Faltas tu e isso é um facto incontornável! Eu sei o que te prometi, sei o que me pediste...estou a fazer o meu melhor, acredita! Faço o que posso e o que não posso, o que tenho e não tenho vontade de fazer para que as coisas se tornem um pouco mais leves. Leves nunca o serão, mas pelo menos se conseguir aliviar uma parte do peso e da tristeza, sinto-me um pouco mais calma por saber ser esse o teu maior desejo.
Este meu ano foi de bradar aos céus. Já tinha começado mal, lembraste? Comentei contigo e até disse "já que começou mal, só espero que acabe bem!" Mal sabia eu o que esperava...vivi e continuo a viver o piores momentos da minha vida. A conjuntura que me rodeia não tem sido fácil, a todos os níveis. Conto com a tua ajuda aí de cima para, pelo menos, não me deixares perder as forças sempre que não tenho vontade de continuar. Nos três planos mais importantes da minha vida vejo-me completamente à beira do percipicio, os três vértices do meu triângulo estão desconectado e profundamente afectados (família, trabalho e amor). Às vezes pergunto-me se vale a pena continuar, sem ter a menor luz que me ilumine o caminho...dou por mim, tantas e tantas vezes nos últimos tempos, a caminhar só por caminhar, só para não dizer que estou parada. Caminho sem direcção, sem objectivo, sem saber o que me espera; e de cada vez que algo novo ocorre, é o lado negativo que sai reforçado. Parece que ainda não é mau o suficiente, há sempre algo mais que ajuda a piorar a situação. Tenho tentado manter-me firme... Por ti, pela mãe e pelo mano! Só por vocês... Não te preocupes, eu não vou desistir, jamais o poderia fazer. Sinto o peso da responsabilidade de reerguer uma parte daquilo que nos deixaste, para pelo menos podermos (sobre)viver com alguma paz.
Estou aqui por ti e para ti! Só te peço: vai enchendo as minhas reservas de energias, porque tenho medo de um dia não conseguir mais levantar-me.
Um beijo de saudade
PS - Tenho muitos momentos em que ainda não acredito, não parece possível, sabes! Em breve estaria à tua espera...
Hoje sinto necessidade de te escrever, mais uma e tantas vezes. Encontro através da escrita a forma mais fidedigna de comunicar contigo. Sabes o projecto ao qual me tenho dedicado ultimamente, tem sido grande o esforço e o empenho, embora, por vezes, sinta que ainda não tenho a concentração e lucidez necessárias para fazer o melhor que posso. Mas vou caminhando nele, tentando produzir exactamente aquilo que pretendo dar a conhecer...só espero que todo este esforço seja recompensado, que encontro forma de concretizar aquilo que desejo em tua homenagem e em nossa também. Tenho a certeza de que irias aprovar se aqui estivesses...pode demorar mais do que o previsto, mas não vou desistir.
Sabes como a vida não tem sido fácil para nós. Viver com a tua ausência, sob toda e qualquer forma possível, é uma sensação bastante dolorosa. Não tinha que ser assim, havia tantas alternativas possíveis, menos fatais e mais apaziguadoras. Seria egoismo pedir que pudesse ser de outra forma?; dizer que merecíamos tudo menos isto? Na verdade sei que ninguém o merece, mas, vivido na primeira pessoa, é incomparável o vazio que sente. Nunca mais deixará de haver vazio, nunca mais deixaremos de ter saudades, nunca mais teremos uma família completa e feliz. Faltas tu e isso é um facto incontornável! Eu sei o que te prometi, sei o que me pediste...estou a fazer o meu melhor, acredita! Faço o que posso e o que não posso, o que tenho e não tenho vontade de fazer para que as coisas se tornem um pouco mais leves. Leves nunca o serão, mas pelo menos se conseguir aliviar uma parte do peso e da tristeza, sinto-me um pouco mais calma por saber ser esse o teu maior desejo.
Este meu ano foi de bradar aos céus. Já tinha começado mal, lembraste? Comentei contigo e até disse "já que começou mal, só espero que acabe bem!" Mal sabia eu o que esperava...vivi e continuo a viver o piores momentos da minha vida. A conjuntura que me rodeia não tem sido fácil, a todos os níveis. Conto com a tua ajuda aí de cima para, pelo menos, não me deixares perder as forças sempre que não tenho vontade de continuar. Nos três planos mais importantes da minha vida vejo-me completamente à beira do percipicio, os três vértices do meu triângulo estão desconectado e profundamente afectados (família, trabalho e amor). Às vezes pergunto-me se vale a pena continuar, sem ter a menor luz que me ilumine o caminho...dou por mim, tantas e tantas vezes nos últimos tempos, a caminhar só por caminhar, só para não dizer que estou parada. Caminho sem direcção, sem objectivo, sem saber o que me espera; e de cada vez que algo novo ocorre, é o lado negativo que sai reforçado. Parece que ainda não é mau o suficiente, há sempre algo mais que ajuda a piorar a situação. Tenho tentado manter-me firme... Por ti, pela mãe e pelo mano! Só por vocês... Não te preocupes, eu não vou desistir, jamais o poderia fazer. Sinto o peso da responsabilidade de reerguer uma parte daquilo que nos deixaste, para pelo menos podermos (sobre)viver com alguma paz.
Estou aqui por ti e para ti! Só te peço: vai enchendo as minhas reservas de energias, porque tenho medo de um dia não conseguir mais levantar-me.
Um beijo de saudade
PS - Tenho muitos momentos em que ainda não acredito, não parece possível, sabes! Em breve estaria à tua espera...
Será mesmo?
"Coragem é a capacidade que temos de fugir de tudo o que nos leva a fugir de nós."
- Eduardo Sá in Tudo o que o Amor não é -
- Eduardo Sá in Tudo o que o Amor não é -
outubro 06, 2010
O desejo (o maior de todos)
Gostava que tudo voltasse a fazer sentido para ti, tal como um dia voltou a fazer para mim. Seria a pessoa mais feliz deste mundo se assim fosse... Daria tudo o que tenho e posso, e até mesmo o que não tenho nem posso, tudo mesmo para que os momentos de felicidade fossem superiores e galvanizadores. Sinto cá dentro que tudo seria perfeito. Não aquela perfeição perfeita irreal, mas perfeito de uma forma que nos enchesse o coração todos os dias e nos dissesse que juntos tudo seria mais fácil e melhor. Confio verdadeiramente nisso, ainda que desconfies de mim...algo que carrego me empurra insistentemente para essa estrada onde me vejo sozinha, mesmo quando eu penso em desistir, mesmo quando eu vejo que não vale a pena, mesmo quando eu decido esquecer. É mais forte do que eu, tão mais forte que não me deixa opção senão acreditar mesmo e esperar que algo mude: ou o meu pensamento ou o teu sentimento.
Daria tudo...e não dou nada, simplesmente porque não me deixas, porque não sentes o mesmo que eu, porque não acreditas junto comigo. Já não partilhamos sonhos, ambições e realidades. Partilhamos um passado que já foi, um presente que não é e um futuro que pode vir a ser ou que nunca mais será.
Resta-me (sobre)viver com a certeza de que tentei...
Daria tudo...e não dou nada, simplesmente porque não me deixas, porque não sentes o mesmo que eu, porque não acreditas junto comigo. Já não partilhamos sonhos, ambições e realidades. Partilhamos um passado que já foi, um presente que não é e um futuro que pode vir a ser ou que nunca mais será.
Resta-me (sobre)viver com a certeza de que tentei...
outubro 04, 2010
Solidão
Vejo-me completamente sozinha em muitos momentos. Não falo no sentido físico do termo, talvez seja mais correcto dizer que me sinto emocionalmente só. Algumas pessoas estão por perto, demonstram alguma atenção regular, tentam imaginar o sofrimento pelo qual estamos a passar, esforçam-se pelo menos.
Contudo, a maioria das pessoas não demonstra qualquer disponibilidade perante o sofrimento do outro. Atenção, não estou a condernar ninguém, nem quero que assim seja entendido, eu própria talvez o tenha feito tantas vezes, faz parte da condição humana. Afastamo-nos do sofrimento alheio até ele nos atingir sem possibilidade de fuga, talvez seja até inconsciente a ideia de é contagiante e, como ninguém gosta de sofrer, tendemos a 'fugir' dessa realidade, se não convivermos com ela, não seremos contagiados. Esse dogma dar lugar a atitudes de completa indiferença e desvalorização do sofrimento do outro, personificadas através de comportamentos observáveis e facilmente identificáveis. No outro dia, numa incursão pelo mundo real, decidimos ir às compras, afinal as coisas não chegam voluntariamente até nós. Ao vaguear pela loja à procura de alguma coisa do nosso interesse, cruzamo-nos com uma antiga vizinha, com quem a minha mãe mantinha uma convivência regular ainda que pouco aprofundada. Qualquer das maneiras, conheciam-se e a pessoa sabia exactamente o que se tinha passado. O minímo que se poderia esperar era um cumprimento, já nem digo uma palavra de força ou solidariedade, sabemos que as pessoas têm formas de reagir bastante diferentes e nem sequer sabem se para nós é fácil abordar esse assunto. Felizmente que apesar de ter sido um choque violento e cruel, conseguimos manter o que nos liga a ti e falamos abertamente de ti, das nossas recordações e de tudo o que de bom nos deixaste. Em vez disso, foi muito mais fácil para a aquela pessoa baixar a cara, passar para um lado mais afastado daquele onde nos encontravamos e simplesmente não dizer nada. O silêncio permitiu-lhe afastar o sofrimento que está espelhado nos nossos rostos. Estamos a sofrer é verdade, não conseguimos esconder isso, também é verdade e não temos que pedir desculpa por isso, mas nada disso nos tornou anti-sociais, ao ponto de deixarmos de falar às pessoas que conhecemos em maior ou menor grau. Nesse mesmo dia também, a minha mãe comentava comigo que tinha ido a uma pastelaria beber café e comprar o nosso pequeno-almoço, quando encontrou uma conhecida que, não obstante a tragédia em que a nossa vida se tornou ter sido torna pública de todas as formas e de essa pessoa ter até relações através das quais sabia do sucedido, lhe perguntou porque é que ela andava vestida de preto. Perante a cara que a minha mãe deve ter feito, a senhora disse "não ligue, tinha-me esquecido!". Nem questiono a possibilidade de esquecimento que para mim até pode ser real, tendemos a fazer delete na informação que não nos pertence, mas condeno veemente aquele comentário completamente desprepositado. Isto falando das pessoas que tiveram o 'azar' de se cruzar connosco, porque poderia dar milhentos exemplos de indiferença e desvalorização. Pessoas que se limitaram a estar presentes no funeral ou naqueles dias mais difíceis e que simplesmente desapareceram do mapa, afinal está morto e enterrado, fim de história. Como se fosse possível algum dia terminar uma história desta natureza. O choque foi brutal para todos e por isso foi fácil ter a casa desmesuradamente cheia naquela altura. Infelizmente nunca iremos ultrapassar verdadeiramente esta perda, por isso para aqueles que estiveram presentes, é difícil manter a amizade, a solidariedade e presença. Só posso pensar que essas pessoas acreditam que a nossa dor já se transformou, que foi restrita aquele universo temporal tão abragente pela quantidade de dias de espera que tivemos pela frente. Acredito que em alguns casos seja a tentativa de não incomodar, de nos dar maior privacidade ou até mesmo de não reviver todo o drama daqueles dias. A verdade é que não percebem que de alguma forma o seu conforto nos pode ajudar a encontrar força para viver um dia de cada vez. Depois também há outras pessoas que não têm a sensibilidade de perceber que na fase de luto em que nos encontramos ainda não temos a disponibilidade mental e física para grandes incursões em momentos de humor. Nós até nos rimos, felizmente que não perdemos a capacidade de rir, mas muitas vezes rimos na esperança de que a nossa mente se deixe contagiar, a grande maioria das vezes, senão todas, é mesmo um sorriso triste, mas sempre ouvi dizer do que mais triste do que um sorriso triste, é a tristeza de não saber sorrir. Então continuo a sorrir e a rir, embora as pessoas não entendam que não tenho vontade de me rir, que naquele momento não me é permitido vislumbrar a piada naquilo que elas estão a dizer. O defeito é meu, eu sei-o, mas a falta de sensibilidade é delas e isso magoa-nos, por uma qualquer intenção implícita de desvalorizar o que podemos estar a sentir.
Felizmente também tenho bons exemplos, de amizades que ganhámos ou fortalecemos com este infortúnio e essas para mim são inquestionáveis. Agradeço de coração todo o apoio que nos foi e tem sido dado, sem cada um desses gestos seria muito mais penoso para cada um de nós. Só me tem sido possível 'descansar' porque essas pessoas existem e estão a ter um papel fundamental na vivência da minha mãe. Não tenho forma de compensá-las a não ser com a amizade e nobres sentimentos que nutro por cada uma delas.
No entanto, sinto-me sozinha. Não sei se é um sentimento cultivado e alimentado por mim, talvez o seja, desde há algum tempo o que implica que só agora esteja a sentir a magnitude das suas repercursões. Ou não sei se é fruto da sociedade em que vivo (e da qual não me excluo), egocêntrica e narcisita que não tem tempo para dispender com acções de solidariedade social, mesmo que no âmbito das nossas relações mais próximas e mesmo que isso alimente a nossa rede social. Sentir-me sozinha num momento como estes é o pior sentimento que podemos acumular a este grau de sofrimento. Precisava de um suporte que muitas vezes não se limitasse às palavras de circunstância, mas que me segurasse sempre que eu não tivesse forças para caminhar...
Contudo, a maioria das pessoas não demonstra qualquer disponibilidade perante o sofrimento do outro. Atenção, não estou a condernar ninguém, nem quero que assim seja entendido, eu própria talvez o tenha feito tantas vezes, faz parte da condição humana. Afastamo-nos do sofrimento alheio até ele nos atingir sem possibilidade de fuga, talvez seja até inconsciente a ideia de é contagiante e, como ninguém gosta de sofrer, tendemos a 'fugir' dessa realidade, se não convivermos com ela, não seremos contagiados. Esse dogma dar lugar a atitudes de completa indiferença e desvalorização do sofrimento do outro, personificadas através de comportamentos observáveis e facilmente identificáveis. No outro dia, numa incursão pelo mundo real, decidimos ir às compras, afinal as coisas não chegam voluntariamente até nós. Ao vaguear pela loja à procura de alguma coisa do nosso interesse, cruzamo-nos com uma antiga vizinha, com quem a minha mãe mantinha uma convivência regular ainda que pouco aprofundada. Qualquer das maneiras, conheciam-se e a pessoa sabia exactamente o que se tinha passado. O minímo que se poderia esperar era um cumprimento, já nem digo uma palavra de força ou solidariedade, sabemos que as pessoas têm formas de reagir bastante diferentes e nem sequer sabem se para nós é fácil abordar esse assunto. Felizmente que apesar de ter sido um choque violento e cruel, conseguimos manter o que nos liga a ti e falamos abertamente de ti, das nossas recordações e de tudo o que de bom nos deixaste. Em vez disso, foi muito mais fácil para a aquela pessoa baixar a cara, passar para um lado mais afastado daquele onde nos encontravamos e simplesmente não dizer nada. O silêncio permitiu-lhe afastar o sofrimento que está espelhado nos nossos rostos. Estamos a sofrer é verdade, não conseguimos esconder isso, também é verdade e não temos que pedir desculpa por isso, mas nada disso nos tornou anti-sociais, ao ponto de deixarmos de falar às pessoas que conhecemos em maior ou menor grau. Nesse mesmo dia também, a minha mãe comentava comigo que tinha ido a uma pastelaria beber café e comprar o nosso pequeno-almoço, quando encontrou uma conhecida que, não obstante a tragédia em que a nossa vida se tornou ter sido torna pública de todas as formas e de essa pessoa ter até relações através das quais sabia do sucedido, lhe perguntou porque é que ela andava vestida de preto. Perante a cara que a minha mãe deve ter feito, a senhora disse "não ligue, tinha-me esquecido!". Nem questiono a possibilidade de esquecimento que para mim até pode ser real, tendemos a fazer delete na informação que não nos pertence, mas condeno veemente aquele comentário completamente desprepositado. Isto falando das pessoas que tiveram o 'azar' de se cruzar connosco, porque poderia dar milhentos exemplos de indiferença e desvalorização. Pessoas que se limitaram a estar presentes no funeral ou naqueles dias mais difíceis e que simplesmente desapareceram do mapa, afinal está morto e enterrado, fim de história. Como se fosse possível algum dia terminar uma história desta natureza. O choque foi brutal para todos e por isso foi fácil ter a casa desmesuradamente cheia naquela altura. Infelizmente nunca iremos ultrapassar verdadeiramente esta perda, por isso para aqueles que estiveram presentes, é difícil manter a amizade, a solidariedade e presença. Só posso pensar que essas pessoas acreditam que a nossa dor já se transformou, que foi restrita aquele universo temporal tão abragente pela quantidade de dias de espera que tivemos pela frente. Acredito que em alguns casos seja a tentativa de não incomodar, de nos dar maior privacidade ou até mesmo de não reviver todo o drama daqueles dias. A verdade é que não percebem que de alguma forma o seu conforto nos pode ajudar a encontrar força para viver um dia de cada vez. Depois também há outras pessoas que não têm a sensibilidade de perceber que na fase de luto em que nos encontramos ainda não temos a disponibilidade mental e física para grandes incursões em momentos de humor. Nós até nos rimos, felizmente que não perdemos a capacidade de rir, mas muitas vezes rimos na esperança de que a nossa mente se deixe contagiar, a grande maioria das vezes, senão todas, é mesmo um sorriso triste, mas sempre ouvi dizer do que mais triste do que um sorriso triste, é a tristeza de não saber sorrir. Então continuo a sorrir e a rir, embora as pessoas não entendam que não tenho vontade de me rir, que naquele momento não me é permitido vislumbrar a piada naquilo que elas estão a dizer. O defeito é meu, eu sei-o, mas a falta de sensibilidade é delas e isso magoa-nos, por uma qualquer intenção implícita de desvalorizar o que podemos estar a sentir.
Felizmente também tenho bons exemplos, de amizades que ganhámos ou fortalecemos com este infortúnio e essas para mim são inquestionáveis. Agradeço de coração todo o apoio que nos foi e tem sido dado, sem cada um desses gestos seria muito mais penoso para cada um de nós. Só me tem sido possível 'descansar' porque essas pessoas existem e estão a ter um papel fundamental na vivência da minha mãe. Não tenho forma de compensá-las a não ser com a amizade e nobres sentimentos que nutro por cada uma delas.
No entanto, sinto-me sozinha. Não sei se é um sentimento cultivado e alimentado por mim, talvez o seja, desde há algum tempo o que implica que só agora esteja a sentir a magnitude das suas repercursões. Ou não sei se é fruto da sociedade em que vivo (e da qual não me excluo), egocêntrica e narcisita que não tem tempo para dispender com acções de solidariedade social, mesmo que no âmbito das nossas relações mais próximas e mesmo que isso alimente a nossa rede social. Sentir-me sozinha num momento como estes é o pior sentimento que podemos acumular a este grau de sofrimento. Precisava de um suporte que muitas vezes não se limitasse às palavras de circunstância, mas que me segurasse sempre que eu não tivesse forças para caminhar...
Quase a regressar
Sei que não devo fazê-lo, mas é inevitável. Nos últimos dias tenho pensado tanto que estarias de regresso, inteiro e saudável, daqui a pouco mais do que 15 dias. Estaríamos novamente reunidos, trarias a alegria que nos tem faltado desde que te deixámos no aeroporto, partilharias connosco toda a bagagem dessa experiência que tanto ambicionavas. Nada disso vai ser possível. Mas é angustiante pensar que será o único a não regressar no contingente e nós seremos a única família que não terá a alegria de te ir esperar. É inevitável lutar contra as lágrimas que teimam em cair de cada vez que este pensamento espreita...
Rituais
Não sei onde estás, não sei se acredite que realmente nos acompanhas como eu gostava de crer. Às olho à minha volta e pergunto-me "Onde será que ele está?". Não detecto nada, nem o minímo sinal que me levasse a pensar que estarias por perto. Por vezes penso que só não nos avisas da tua presença porque não nos queres assustar, sabes que a dor que carregamos connosco já é grande o suficiente. Mas não te posso negar, seria reconfortante sentir-te. Isto para te dizer que em mais um ritual que fizemos procurei por ti. Foi ontem a missa, numa Igreja onde estiveste poucas vezes, mas por que é lá que nos sentimos melhor, espero que gostes da escolha. Procurei-te na Igreja e sempre que te procuro coloco em prática o reflexo pavloviano ao olhar para cima, para o ceú ou, naquele caso, para o tecto. Eu sei que é estupidez minha pensar que se estiveres ali, essa será a melhor forma de interagir contigo. Se tiveres mesmo presente sei que poderás não estar propriamente no ar e que podes mesmo estar sentado ao meu lado a abraçar-me, mas o que é que queres?! Todos sofremos destes condicionamentos que a sociedade implicitamente nos transmite.
Ontem portei-me mal, eu sei. É inexplicável, mas há momentos em que não me consigo controlar, por mais que tente. Talvez seja por que a elevação espiritual esteja mais próxima da energia em que eu acredito que te tornaste. Senti-me completamente desamparada ontem. Ouvia o Padre a dissertar acerca da conjuntura económica e política e das boas práticas para a ultrapassar, e não conseguia, de facto, encontrar uma ligação possível entre as duas evidências. É por tudo isto que não encontro mais valias naquele ritual, não da forma como ele é pronizado actualmente pela Igreja Católica. Sei que apesar da educação católica que recebeste, eras céptico na tua crença acerca do mundo, talvez impulsionado pelo teu espírito pragmático e racional. Sei também que apesar disso, nunca deixaste de praticar o bem, talvez até de forma mais ferverosa que muitos católicos praticantes, e sei que nunca renunciaste à religião e aos rituais que ela prevê. De alguma forma, a minha filosofia de pensamento é semelhante à tua, muito menos céptica, mas igualmente crítica. Mais do que assinalar datas da tua partida (missa do 3º mês), faz-me sentido criar um tempo e um espaço que nos permita recordar-te. Renunindo família, amigos e colegas sentimos mais que estás presente. Não consigo explicar racionalmente esta ideia, penso ter a ver com o facto de seres tu o denominador comum aos laços entre todas aquelas pessoas. Contudo, não entendo por que motivo a missa é colectiva (assistimos no início do ritual a uma leitura de diversos nomes, nos qual apenas identificamos o teu) e se limita a fazer cumprir as exigências da liturgia. Eu quero rezar por ti, para ser sincera queria mesmo rezar para que voltassesl, mas na impossibilidade de concretizar tal desejo, rezo para que a tua alma tenha o merecido descanso, para que não fiques aprisionado aos teus deveres terrenos. Mas quero acima de tudo rezar por ti num momento que te deseja exclusivamente dedicado, em que se fale de amor, de vida e de alegria, e, consequentemente, de perda, de dor e saudade. Perdi o meu pai, não estou ainda com disponibilidade mental para um sermão acerca do estado da nação ou até mesmo sobre a levitação da pedra. O nosso luto ainda está numa fase inicial, por um lado parece que passou uma eternidade imensa que nos faz sofrer horrores, por outro, parece que passaram apenas 3 dias e que ainda não absorvemos a realidade como ela é. Não temos 'pachorra' (perdoem-me a expressão) para isto! Não que a culpa seja do Padre, entenda-se. A 'culpa' a existir, está na forma como os rituais litúrgicos são entendidos actualmente, permeáveis mais a uma óptica de negócio do que propriamente na vertente espiritual; e está na cultura partilhada e na forma como encaramos o sofrimento dos outros. Não há aqui culpados e inocentes, todos nós assumimos ambos os papéis, assim nos seja dada a oportunidade.
Sabemos que nenhum dos rituais que cumprimos nos devolverá a paz perdida e, sobretudo, o que representavas para nós. Nada de pode trazer de volta, é um facto demasiado cruel que por vezes, e de forma inconsciente tentamos recusar. Na verdade os rituais cumprem um objectivo de paz interior, têm muito mais a ver com subterfúgios que procuramos para escoar toda a energia negativa que nos foi depositada e subtituí-la pela energia que, de alguma forma, nos continuas a transmitir. De cada vez que vamos ao cemitério levamos flores naturais, preferencialmente brancas porque é essa a cor que nos transmite mais calma, e arranjamo-la o melhor possível para que fiques também tu com um pouco de nós. É triste passar lá depois e verificar que o sol já secou as flores que com tanto carinho depositámos na tua moradia ou ver o que o vento foi tanto que derrubou e partiu a jarra que comprámos. Sossega-nos apenas a certeza de que o ritual foi cumprido, fomos lá, de coração aberto até ti. As missas são igualmente rituais. Já percebeste que não têm a essência que eu gostaria de lhes dar. Penso que em parte consegui na anterior dar alma àquele momento, mas nesta não me foi possível. Prometo-te que vou continuar a batalhar por isso e por fazer até uma cerimónia como mereces, mas tu sabes como estamos limitados. Mais importante do que isso, são os rituais a que individualmente damos lugar, por vezes coisas minímicas como parar em frente à tua fotografia e deixar cair a lágrima que está presa, falar contigo de forma espontânea, ver as tuas fotografias. Tudo isso são os nossos pequenos rituais diários que nos permitem conviver de forma saudável com a dor. Quero acreditar que és o principal testemunho deles e tu sabes como muitos deles são só nossos, porque sofrer à frente de alguém é uma experiência dolorosa. Na verdade, sofro todos os dias com a mesma intensidade, só não o demonstro na maioria das vezes, prefiro guardar para mim. É facilmente perceptível quando alguém está efectivamente solidário connosco e só nesses momentos vale a pena quebrar! Na maior parte do tempo, não encontramos essa solidariedade e continuamos a abafar a nossa dor...
Ontem portei-me mal, eu sei. É inexplicável, mas há momentos em que não me consigo controlar, por mais que tente. Talvez seja por que a elevação espiritual esteja mais próxima da energia em que eu acredito que te tornaste. Senti-me completamente desamparada ontem. Ouvia o Padre a dissertar acerca da conjuntura económica e política e das boas práticas para a ultrapassar, e não conseguia, de facto, encontrar uma ligação possível entre as duas evidências. É por tudo isto que não encontro mais valias naquele ritual, não da forma como ele é pronizado actualmente pela Igreja Católica. Sei que apesar da educação católica que recebeste, eras céptico na tua crença acerca do mundo, talvez impulsionado pelo teu espírito pragmático e racional. Sei também que apesar disso, nunca deixaste de praticar o bem, talvez até de forma mais ferverosa que muitos católicos praticantes, e sei que nunca renunciaste à religião e aos rituais que ela prevê. De alguma forma, a minha filosofia de pensamento é semelhante à tua, muito menos céptica, mas igualmente crítica. Mais do que assinalar datas da tua partida (missa do 3º mês), faz-me sentido criar um tempo e um espaço que nos permita recordar-te. Renunindo família, amigos e colegas sentimos mais que estás presente. Não consigo explicar racionalmente esta ideia, penso ter a ver com o facto de seres tu o denominador comum aos laços entre todas aquelas pessoas. Contudo, não entendo por que motivo a missa é colectiva (assistimos no início do ritual a uma leitura de diversos nomes, nos qual apenas identificamos o teu) e se limita a fazer cumprir as exigências da liturgia. Eu quero rezar por ti, para ser sincera queria mesmo rezar para que voltassesl, mas na impossibilidade de concretizar tal desejo, rezo para que a tua alma tenha o merecido descanso, para que não fiques aprisionado aos teus deveres terrenos. Mas quero acima de tudo rezar por ti num momento que te deseja exclusivamente dedicado, em que se fale de amor, de vida e de alegria, e, consequentemente, de perda, de dor e saudade. Perdi o meu pai, não estou ainda com disponibilidade mental para um sermão acerca do estado da nação ou até mesmo sobre a levitação da pedra. O nosso luto ainda está numa fase inicial, por um lado parece que passou uma eternidade imensa que nos faz sofrer horrores, por outro, parece que passaram apenas 3 dias e que ainda não absorvemos a realidade como ela é. Não temos 'pachorra' (perdoem-me a expressão) para isto! Não que a culpa seja do Padre, entenda-se. A 'culpa' a existir, está na forma como os rituais litúrgicos são entendidos actualmente, permeáveis mais a uma óptica de negócio do que propriamente na vertente espiritual; e está na cultura partilhada e na forma como encaramos o sofrimento dos outros. Não há aqui culpados e inocentes, todos nós assumimos ambos os papéis, assim nos seja dada a oportunidade.
Sabemos que nenhum dos rituais que cumprimos nos devolverá a paz perdida e, sobretudo, o que representavas para nós. Nada de pode trazer de volta, é um facto demasiado cruel que por vezes, e de forma inconsciente tentamos recusar. Na verdade os rituais cumprem um objectivo de paz interior, têm muito mais a ver com subterfúgios que procuramos para escoar toda a energia negativa que nos foi depositada e subtituí-la pela energia que, de alguma forma, nos continuas a transmitir. De cada vez que vamos ao cemitério levamos flores naturais, preferencialmente brancas porque é essa a cor que nos transmite mais calma, e arranjamo-la o melhor possível para que fiques também tu com um pouco de nós. É triste passar lá depois e verificar que o sol já secou as flores que com tanto carinho depositámos na tua moradia ou ver o que o vento foi tanto que derrubou e partiu a jarra que comprámos. Sossega-nos apenas a certeza de que o ritual foi cumprido, fomos lá, de coração aberto até ti. As missas são igualmente rituais. Já percebeste que não têm a essência que eu gostaria de lhes dar. Penso que em parte consegui na anterior dar alma àquele momento, mas nesta não me foi possível. Prometo-te que vou continuar a batalhar por isso e por fazer até uma cerimónia como mereces, mas tu sabes como estamos limitados. Mais importante do que isso, são os rituais a que individualmente damos lugar, por vezes coisas minímicas como parar em frente à tua fotografia e deixar cair a lágrima que está presa, falar contigo de forma espontânea, ver as tuas fotografias. Tudo isso são os nossos pequenos rituais diários que nos permitem conviver de forma saudável com a dor. Quero acreditar que és o principal testemunho deles e tu sabes como muitos deles são só nossos, porque sofrer à frente de alguém é uma experiência dolorosa. Na verdade, sofro todos os dias com a mesma intensidade, só não o demonstro na maioria das vezes, prefiro guardar para mim. É facilmente perceptível quando alguém está efectivamente solidário connosco e só nesses momentos vale a pena quebrar! Na maior parte do tempo, não encontramos essa solidariedade e continuamos a abafar a nossa dor...
Dor da saudade
O tempo passa e a saudade aumenta exponencialmente. Procuramos aceitar, chegamos mesmo a acreditar que o tempo ajuda a acalmar a dor. Esperanças irrisórias! O tempo tem essas duas facetas...se por um lado nos trás o hábito que recusamos incorporar no nosso dia-a-dia, por outro, empurra-nos para o abismo de ter que viver sem ti. Dou por mim inconsolável em muitos momentos! As recordações são o melhor e o pior. São sem dúvida o melhor que podemos guardar de ti, de nós enquanto família. Ainda ontem, deitada na minha cama, olhava para o cadeiro que me ajudaste a pintar e recordei cada palavra que me disseste. A tua disponibilidade e a vontade de fazer eram inegáveis. Dizias-me tu, "vamos tentar para ver como fica!". E tentámos. E ficou realmente bem. Não havia nada que eu te pedisse que tu não fizesses. Podia não ser no imediato, por vezes tinha até que insistir e relembrar-te, andavas sempre tão ocupado que era fácil esqueceres-te. Podia até não ser com a maior boa vontade, sobretudo quando não concordavas com alguma coisa, mas se eu pedia, tu só não fazias se não pudesses. Mas essas recordações são também o pior...é nesses momentos que atinjo realmente a falta que nos fazes e o quão preenchias as nossas vidas. São essas recordações tão felizes que me fazem questionar o porquê. E não estou a falar daquele sentimento egoísta muito frente nestas alturas, "Porquê a mim?" ou "O que é que eu fiz para merecer isto?". Eu pergunto antes, "Porquê a ti?", tu que tinhas tanta alegria e vontade de fazer, que punhas realmente o melhor de ti em tudo o que fazias, não era por acaso que tens aquela frase no msn "Põe quanto és no minímo que fazes!". Ainda hoje de cada vez que abro o msn, lá estás tu e lá está essa frase que me inspira a fazer melhor. Mas as recordações não nos permitem evoluir, a fasquia está alta e não queremos, de forma alguma superá-la, porque tu foste o melhor e continuarás a sê-lo da maneira que te é possível. A tristeza é imensa e eu sei que tu sabes...
setembro 29, 2010
Ainda
“As coisas mais insignificantes ainda me trazem a tua imagem. Lugares onde estivemos, frases, ideias, músicas, cheiros, pequenos nadas que me levam até à memória do que fomos, memórias nas quais me deixo ir como se num barco que perdeu os remos.”
- Margarida Rebelo Pinto -
- Margarida Rebelo Pinto -
agosto 31, 2010
Dilacerada
As pessoas de quem gostámos e partiram amputaram-nos cruelmente de partes vivas nossas, e a sua falta obriga-nos a coxear por dentro» [Lobo Antunes]
Sinto a tua falta, hoje mais do que nunca e menos que amanhã. Continuo sem perceber, sem aceitar, sem encontrar a minha paz interior, aquela que me roubaram quando decidiram levar-te. A vida pode ser tremendamente injusta e eu não irei conseguir vivê-la da mesma forma, nunca mais... Gostava de te sentir mais próximo, nem imaginas o quanto isso me apaziguaria a dor que carrego na alma. Se tento reagir, é por ti, apenas por ti, para que não percas o orgulho que eu sei que tinhas em mim. Tal como te prometi, estou a tentar...não te digo que o consiga da mesma forma todos os dias, mas não me julgues. É difícil estar aqui sem ti e ver todos os dias a marca do sofrimento e da angústia espelhadas em mim ou à minha volta. Quando é que me batem novamente à porta para me dizer que tudo isto não passa de um grande mentira, de um grande pesadelo.... É este o desejo que alimento irracionalmente e a verdade é que se não pensasse de forma inconsciente que continuar em Timor, não seria capaz de fazer metade do que já fiz para tentar recompôr minimamente as coisas. Espero que estejas bem aí onde te encontras, que olhes por nós e que nunca te esqueças do quanto te amamos e foste (e continuarás sempre a ser) importante nas nossas vidas. És alma da nossa família, a nossa alma... Saudade*
Sinto a tua falta, hoje mais do que nunca e menos que amanhã. Continuo sem perceber, sem aceitar, sem encontrar a minha paz interior, aquela que me roubaram quando decidiram levar-te. A vida pode ser tremendamente injusta e eu não irei conseguir vivê-la da mesma forma, nunca mais... Gostava de te sentir mais próximo, nem imaginas o quanto isso me apaziguaria a dor que carrego na alma. Se tento reagir, é por ti, apenas por ti, para que não percas o orgulho que eu sei que tinhas em mim. Tal como te prometi, estou a tentar...não te digo que o consiga da mesma forma todos os dias, mas não me julgues. É difícil estar aqui sem ti e ver todos os dias a marca do sofrimento e da angústia espelhadas em mim ou à minha volta. Quando é que me batem novamente à porta para me dizer que tudo isto não passa de um grande mentira, de um grande pesadelo.... É este o desejo que alimento irracionalmente e a verdade é que se não pensasse de forma inconsciente que continuar em Timor, não seria capaz de fazer metade do que já fiz para tentar recompôr minimamente as coisas. Espero que estejas bem aí onde te encontras, que olhes por nós e que nunca te esqueças do quanto te amamos e foste (e continuarás sempre a ser) importante nas nossas vidas. És alma da nossa família, a nossa alma... Saudade*
agosto 25, 2010
Porque esquecer-te é impossível
A toda a hora o meu pensamento vagueia para ti PAI. Para a falta que me fazes, para o quanto deixaste de viver connosco, o quanto ficou por ver e fazer... O tempo passa e tudo aumenta. A dor, a saudade, o vazio que deixaste. Sei que não foi uma escolha tua. Aliás, sei que se soubesses jamais terias deixado que acontecesse, sei da vontade que tinhas de viver, sei o quanto gostavas de nós, apesar da forma menos aberta de o referires. Sei também que esta viagem estava a mudar algumas coisas em ti...mas infelizmente, também sei que nunca mais poderemos colher os benefícios dessa experiência. Mas o que me custa mais saber é que nunca mais poderei olhar para ti e ter a certeza de que estou segura, só porque tu existes na minha vida. Vais existir em cada momento da minha existência...eu sei que tu sabes o quanto estou a sofrer, mas também sei que não podes fazer nada para amenizar a dor. Resta a saudade e o amor... "o essencial é invisível para os olhos", mas não escapa ao coração! Olho para esta imagem e guardo as tuas memórias...sei que era a tua flor... :(
agosto 10, 2010
Start all over again
Post roubado do às 9... não sendo as minhas palavras, retraram exactamente aquilo que penso acerca deste assunto. Porque não?? A vida ensinou-me amargamente que é uma breve passagem e que um dia podemos chegar à recta final sem a certeza de que estamos felizes. Gostava de fugir a sete pés dessa sensação, arriscar tudo, dar tudo de mim...por algo que valesse realmente a pena e que me devolvesse o sorriso que perdi. Não sei se algum dia o voltei a recuperar, é difícil esquecer e lutar em nome de nada...
_____________________________
For what it’s worth: it’s never too late or, in my case, too early to be whoever you want to be. There’s no time limit, stop whenever you want.
You can change or stay the same, there are no rules to this thing. We can make the best or the worst of it. I hope you make the best of it. And I hope you see things that startle you. I hope you feel things you’ve never felt before. I hope you meet people with a different point of view.
I hope you live a life you’re proud of. And if you find that you’re not, I hope you have the strength to start all over again.”
* - «E eu acho que é assim que a vida deve ser vivida: quando sentimos que as escolhas que fizemos, até um dia, não foram as melhores. Porque não começar tudo do zero? Porque não agitar a vida, procurar outro caminho, fazer novas escolhas, ir atrás do que [acreditamos] nos fará mais felizes? É preciso coragem? É. E então? Em vez de perguntarmos sempre "para quê?" ou "porquê?", podemos, de vez em quando, sair da zona de conforto e perguntar "porque não?". É só uma forma de olhar para a vida. A minha forma, a minha opinião. Vale o que vale.»
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For what it’s worth: it’s never too late or, in my case, too early to be whoever you want to be. There’s no time limit, stop whenever you want.
You can change or stay the same, there are no rules to this thing. We can make the best or the worst of it. I hope you make the best of it. And I hope you see things that startle you. I hope you feel things you’ve never felt before. I hope you meet people with a different point of view.
I hope you live a life you’re proud of. And if you find that you’re not, I hope you have the strength to start all over again.”
* - «E eu acho que é assim que a vida deve ser vivida: quando sentimos que as escolhas que fizemos, até um dia, não foram as melhores. Porque não começar tudo do zero? Porque não agitar a vida, procurar outro caminho, fazer novas escolhas, ir atrás do que [acreditamos] nos fará mais felizes? É preciso coragem? É. E então? Em vez de perguntarmos sempre "para quê?" ou "porquê?", podemos, de vez em quando, sair da zona de conforto e perguntar "porque não?". É só uma forma de olhar para a vida. A minha forma, a minha opinião. Vale o que vale.»
agosto 05, 2010
É indescritível...
...sensação de perder alguém que amamos.
É uma dor tão grande que chega a tornar-se física. Nesse momento percebemos o quão importante era esse alguém na nossa vida, que nunca mais o vamos ver, sentir o seu toque, ouvir a sua voz… Ninguém deveria passar por essa provação. A perda é devastadora, é um tiro na nossa alma, um buraco impossível de preencher, uma nódoa impossível de arrancar. Ficamos sem rumo, a bússola que nos permitia seguir o caminho certo caiu no mar. Quando recebemos a notícia toda a nossa vida é sugada e sentimo-nos mortos, incapazes de reagir. É uma dor insuperável, é certo, mas temos de continuar a viver por mais díficil que possa parecer, seguir em frente. Pode levar dias, meses, anos ou até uma vida inteira para recuperar de uma perda, tudo depende da força interior e da coragem em progredir, em mudar para melhor e da capacidade de canalizar o sofrimento em felicidade, das perdas em conquistas. Quando já nos sentimos preparados para aceitar que estamos vivos, para reagir, aí o mundo avança e mostra o seu lado belo, a razão porque viver é uma dádiva divina. Não podemos fugir ao nosso destino, a vida é demasiado efémera para nos lamentarmos. Vamos antes descobrir, brincar, rir e ser feliz. É tão fácil falar! A perda é algo para qual o ser humano nunca está preparado. Perante a perda todas as estruturas, todos os nossos planos deixam de fazer sentido, porque essa pessoa já não pode fazer parte deles. Curioso é que apesar da distância física, sentimo-la mais presente do que nunca no nosso interior, como se vivesse dentro de nós, o que de certo modo é verdade. Uma pessoa amada nunca morre completamente, vive sempre através dos que a recordam, protegendo e velando pelos que deixou."
Mas a verdade é que dói e muito... Não consigo esquecer-te Pai. Se soubesses o quanto sentimos a tua falta... é uma dor imensa que não acalma e que não se esquece! :( Olha por nós, peço-te...
É uma dor tão grande que chega a tornar-se física. Nesse momento percebemos o quão importante era esse alguém na nossa vida, que nunca mais o vamos ver, sentir o seu toque, ouvir a sua voz… Ninguém deveria passar por essa provação. A perda é devastadora, é um tiro na nossa alma, um buraco impossível de preencher, uma nódoa impossível de arrancar. Ficamos sem rumo, a bússola que nos permitia seguir o caminho certo caiu no mar. Quando recebemos a notícia toda a nossa vida é sugada e sentimo-nos mortos, incapazes de reagir. É uma dor insuperável, é certo, mas temos de continuar a viver por mais díficil que possa parecer, seguir em frente. Pode levar dias, meses, anos ou até uma vida inteira para recuperar de uma perda, tudo depende da força interior e da coragem em progredir, em mudar para melhor e da capacidade de canalizar o sofrimento em felicidade, das perdas em conquistas. Quando já nos sentimos preparados para aceitar que estamos vivos, para reagir, aí o mundo avança e mostra o seu lado belo, a razão porque viver é uma dádiva divina. Não podemos fugir ao nosso destino, a vida é demasiado efémera para nos lamentarmos. Vamos antes descobrir, brincar, rir e ser feliz. É tão fácil falar! A perda é algo para qual o ser humano nunca está preparado. Perante a perda todas as estruturas, todos os nossos planos deixam de fazer sentido, porque essa pessoa já não pode fazer parte deles. Curioso é que apesar da distância física, sentimo-la mais presente do que nunca no nosso interior, como se vivesse dentro de nós, o que de certo modo é verdade. Uma pessoa amada nunca morre completamente, vive sempre através dos que a recordam, protegendo e velando pelos que deixou."
Mas a verdade é que dói e muito... Não consigo esquecer-te Pai. Se soubesses o quanto sentimos a tua falta... é uma dor imensa que não acalma e que não se esquece! :( Olha por nós, peço-te...
agosto 02, 2010
Onde quer que estejas
1 de Agosto de 2010 - 12h - Igreja de Santo Antão - Évora
Espero que tenhas gostado da missa que celebrámos e, acima de tudo, que tenhas ouvido as palavras que li. Foram, de coração, para ti! Só queria ter a certeza de que estiveste lá connosco... :( A dor é insuportável pai...não consigo pensar que nos deixaste para sempre!
Espero que tenhas gostado da missa que celebrámos e, acima de tudo, que tenhas ouvido as palavras que li. Foram, de coração, para ti! Só queria ter a certeza de que estiveste lá connosco... :( A dor é insuportável pai...não consigo pensar que nos deixaste para sempre!
julho 29, 2010
Por onde andas?
Amor é tudo.
É o que nos une mas também o que nos separa.
É o que de mais forte existe dentro de nós, mas que é capaz de nos tornar o mais fraco de todos os seres.
É o sentimento que mais magoa, mas que pode acalmar todas as dores.
É um vazio enorme que nos preenche.
É uma força enorme que nos derrota, que nos esvazia, que nos salva.
É o que suporta a maior dor, o maior medo, a maior desilusão.
É o que nos apoia.
É o que aceita qualquer coisa, incondicionalmente.
É o que perdoa...tudo.
In Morrer é só não ser visto
«O luto foi duro, demorado, difícil. Eu tinha trinta e dois anos e o Pyppo estava a um mês de completar trinta e três. A meias, tínhamos uma filha com cinco e um filho a caminho dos dois. Nunca, até então, a morte tinha sido tão implacável, tão definitiva, tão trágica. De um momento para o outro, deixou-me sem chão, sem marido, sem pai, sem as canções que embalavam o sono dos filhos, sem abraços, sem companhia. E, no entanto, eu sabia – e, acima de tudo, sentia – que o Pyppo não tinha morrido, mas apenas mudado de latitude, de vibração, de frequência, e que, de onde quer que estivesse, velaria por nós.»
Sinto-te muito perto de mim, sei que estás aqui, que estarás sempre e que, de alguma forma, tentarás guiar-me. É isso que me dá alguma força para caminhar e lutar, sei lá mais contra o quê ou quem...Já nada faz sentido!
Sinto-te muito perto de mim, sei que estás aqui, que estarás sempre e que, de alguma forma, tentarás guiar-me. É isso que me dá alguma força para caminhar e lutar, sei lá mais contra o quê ou quem...Já nada faz sentido!
julho 28, 2010
Pesadelo
É difícil retomar as rotinas, ou parte delas, no meio de todo este pesadelo. Não consigo encontrar uma porta de saída, não te encontro onde te procuro...simplesmente partiste e, por mais que me esforce para aceitar, não consigo compreender nem viver com essa realidade.
Pelo menos este momento serviu para muitas coisas...e uma delas, talvez a mais importante, foi ver com toda a clareza, quem está de mãos dadas connosco e quem, pura e simplesmente, não está. Estar no primeiro dia, toda a gente está, quanto mais não seja pela tragédia e surpresa... Estar de forma continuada, quando mais precisamos, poucos estão e esses guardá-los-ei no coração! Obrigada.
Pelo menos este momento serviu para muitas coisas...e uma delas, talvez a mais importante, foi ver com toda a clareza, quem está de mãos dadas connosco e quem, pura e simplesmente, não está. Estar no primeiro dia, toda a gente está, quanto mais não seja pela tragédia e surpresa... Estar de forma continuada, quando mais precisamos, poucos estão e esses guardá-los-ei no coração! Obrigada.
julho 19, 2010
julho 17, 2010
A esta hora...
Estaria quase a chegar a Hong Kong, feliz da vida pela aventura e por poder reencontrar-te, mesmo que fosse do outro lado do mundo. Estarias lá, inteirinho, à nossa espera, à espera daqueles que tanto te amam e de quem tanto tinhas saudades, aqueles que sentiram, sentem e nunca deixão de sentir a dor da tua ausência.
É enorme o vazio que nunca mais será preenchido e viver assim é uma tortura que não merecíamos, muito menos tu, que eras o espelho da força e vitalidade que chegava a todos e a todo o lado, como se fosse omnipresente. Às vezes penso...talvez tenha sido essa a vontade de Deus, que te tornasses omnipresente para todos aqueles que levaste contigo no coração, e foram com certeza muitos, tantos ou mais do que aqueles que aqui sofrem por não te ter.
Só queria ter o conforto de falar contigo, de ter algum sinal teu que me permitisse saber o que pensas e sentes neste momento. A força falta-me quando penso que te perdi para sempre, que a última vez que te abracei no aeroporto foi a nossa despedida e que horas antes de tudo sucededer, quiseste falar com nós os três como que a pressentir que seria a derradeira. Mas pior do que tudo isso, é pensar na imagem que guardo quando nos vieram bater à porta para trazer a notícia que quisemos tanto negar e lembrar-me da última vez que te vi, apenas por um segundo. Não me consigo convencer de que eras tu, mas apenas uma figura semelhante. De ti guardo o melhor. Prometo-te que sempre, sempre, sempre irei lembrar-me de ti com um sorriso estampado nos lábios e com o brilho no olhar com que desfrutavas da vida. Vou agarrar-me às bases sólidas que me proporcionaste para conseguir erguer a cabeça e lutar, carregando nos ombros a mãe e o mano, para onde quer que seja preciso.
É enorme o vazio que nunca mais será preenchido e viver assim é uma tortura que não merecíamos, muito menos tu, que eras o espelho da força e vitalidade que chegava a todos e a todo o lado, como se fosse omnipresente. Às vezes penso...talvez tenha sido essa a vontade de Deus, que te tornasses omnipresente para todos aqueles que levaste contigo no coração, e foram com certeza muitos, tantos ou mais do que aqueles que aqui sofrem por não te ter.
Só queria ter o conforto de falar contigo, de ter algum sinal teu que me permitisse saber o que pensas e sentes neste momento. A força falta-me quando penso que te perdi para sempre, que a última vez que te abracei no aeroporto foi a nossa despedida e que horas antes de tudo sucededer, quiseste falar com nós os três como que a pressentir que seria a derradeira. Mas pior do que tudo isso, é pensar na imagem que guardo quando nos vieram bater à porta para trazer a notícia que quisemos tanto negar e lembrar-me da última vez que te vi, apenas por um segundo. Não me consigo convencer de que eras tu, mas apenas uma figura semelhante. De ti guardo o melhor. Prometo-te que sempre, sempre, sempre irei lembrar-me de ti com um sorriso estampado nos lábios e com o brilho no olhar com que desfrutavas da vida. Vou agarrar-me às bases sólidas que me proporcionaste para conseguir erguer a cabeça e lutar, carregando nos ombros a mãe e o mano, para onde quer que seja preciso.
julho 16, 2010
Onde quer que estejas...
Transmite-me força, porque neste momento nada faz sentido, nada nos dá motivação nem há respostas para os nossos anseios e desesperos.
Ainda hoje não consigo acreditar que a vida nos pregou esta partida, que te levou para sempre, que ficou um vazio enorme por preencher. Tento reagir, ocupar-me com as burocracias que toda esta situação acarreta, dar força a todos aqueles que me rodeiam, no fundo, fazer em parte aquilo que tu farias no meu lugar (ou que fizeste, quando o mesmo te sucedeu). Mas é à noite, quando o reboliço se acalma que o mundo desaba todo em cima de mim, a realidade apresenta-se de forma bastante cruel para não me deixar alimentar a ilusão de que um dia voltarás. Em muitos momentos, ainda acredito que estás lá, em Timor, a cumprir o sonho de uma vida.
Se soubesses o quanto gostamos de ti e a falta que nos fazes...Por mais lágrimas que percorram a minha face, esta ferida nunca vai sarar.
Gostava ao menos de sentir que estás perto de nós, que, de alguma forma, nos proteges e nos indica sorrateiramente o caminho a seguir... Gostava de ter a certeza de que não te culpas por teres ido para longe de nós e o desfecho ter sido o pior de todos. Gostava que soubesses que te sentíamos felizes e que, em alguma medida, isso nos conforta e nos tira uma parte de todo o peso insuportável que carregamos connosco. Gostava de te abraçar mais uma vez que fosse... Gostava de estar hoje metida naquele avião, rumo a umas férias de sonho em família. Uma família que era feliz, em grande parte, graças a ti!
Esforçamo-nos por aceitar, por ir sobrevivendo, mas não dá para entender. Porquê a ti? Porquê a nós? Porquê agora? Porquê já? Ninguém tenta ao menos ensaiar uma resposta para nos confortar, é literalmente impossível. Tento agarrar-me àquilo que o Capelão nos disse na tua missa "Nunca mais estarão juntos, mas também nunca mais estarão separados". A verdade é que não é suficiente e que a dor aumenta a cada dia que passa e que a realidade vai gradualmente conquistando o nosso dia.
Só quero que saibas que me orgulho de ti, que sempre foste, para mim, um exemplo a seguir em muitas coisas e que agora, mais do que nunca, serás o meu herói e o de todos aqueles que te conheceram. Transmite-me a força que sempre tiveste, porque há muitos momentos em que penso não ser capaz, em que a dor da perda me consome e me sinto a enfraquecer. Só quero estar à altura daquilo que esperavas que eu fizesse... Prometo-te que vou cumprir tudo o que me pediste, é isso que tu esperas de mim, eu sei.
Estarás sempre comigo PAI!!! :(
Ainda hoje não consigo acreditar que a vida nos pregou esta partida, que te levou para sempre, que ficou um vazio enorme por preencher. Tento reagir, ocupar-me com as burocracias que toda esta situação acarreta, dar força a todos aqueles que me rodeiam, no fundo, fazer em parte aquilo que tu farias no meu lugar (ou que fizeste, quando o mesmo te sucedeu). Mas é à noite, quando o reboliço se acalma que o mundo desaba todo em cima de mim, a realidade apresenta-se de forma bastante cruel para não me deixar alimentar a ilusão de que um dia voltarás. Em muitos momentos, ainda acredito que estás lá, em Timor, a cumprir o sonho de uma vida.
Se soubesses o quanto gostamos de ti e a falta que nos fazes...Por mais lágrimas que percorram a minha face, esta ferida nunca vai sarar.
Gostava ao menos de sentir que estás perto de nós, que, de alguma forma, nos proteges e nos indica sorrateiramente o caminho a seguir... Gostava de ter a certeza de que não te culpas por teres ido para longe de nós e o desfecho ter sido o pior de todos. Gostava que soubesses que te sentíamos felizes e que, em alguma medida, isso nos conforta e nos tira uma parte de todo o peso insuportável que carregamos connosco. Gostava de te abraçar mais uma vez que fosse... Gostava de estar hoje metida naquele avião, rumo a umas férias de sonho em família. Uma família que era feliz, em grande parte, graças a ti!
Esforçamo-nos por aceitar, por ir sobrevivendo, mas não dá para entender. Porquê a ti? Porquê a nós? Porquê agora? Porquê já? Ninguém tenta ao menos ensaiar uma resposta para nos confortar, é literalmente impossível. Tento agarrar-me àquilo que o Capelão nos disse na tua missa "Nunca mais estarão juntos, mas também nunca mais estarão separados". A verdade é que não é suficiente e que a dor aumenta a cada dia que passa e que a realidade vai gradualmente conquistando o nosso dia.
Só quero que saibas que me orgulho de ti, que sempre foste, para mim, um exemplo a seguir em muitas coisas e que agora, mais do que nunca, serás o meu herói e o de todos aqueles que te conheceram. Transmite-me a força que sempre tiveste, porque há muitos momentos em que penso não ser capaz, em que a dor da perda me consome e me sinto a enfraquecer. Só quero estar à altura daquilo que esperavas que eu fizesse... Prometo-te que vou cumprir tudo o que me pediste, é isso que tu esperas de mim, eu sei.
Estarás sempre comigo PAI!!! :(
junho 28, 2010
És, foste e serás
...o PAI que todos os filhos gostavam de ter, mas nem todos têm a sorte de encontrar.
Contiuarás para sempre comigo!
Ainda me é difícil acreditar nesta dura realidade. Não há direito, não há justiça, não há nada que valha realmente a pena. A vida é uma breve passagem que se esgota rapidamente e absorve tudo aquilo que demorou anos a conquistar!
Contiuarás para sempre comigo!
Ainda me é difícil acreditar nesta dura realidade. Não há direito, não há justiça, não há nada que valha realmente a pena. A vida é uma breve passagem que se esgota rapidamente e absorve tudo aquilo que demorou anos a conquistar!
junho 19, 2010
Recomeçar
Há programas de televisão que por pior conteúdo que tenham, conseguem passar-nos uma mensagem importante. Glória de Matos dizia ainda há pouco que nada é irreversível, é sempre possível começar de novo, qualquer que sejam as circunstância.
Talvez seja verdade...por vezes a tristeza que se abate em cima de nós é que não nos permite ver. I'm trying...
Talvez seja verdade...por vezes a tristeza que se abate em cima de nós é que não nos permite ver. I'm trying...
junho 18, 2010
o coração chora
nada faz sentido neste caminho, é a estrada que me guia directamente para o abismo. preciso de um sinal, de uma luz...preciso! mas nada, não posso esperar nada. não entendo, não era suposto ser assim. talvez não mereça nada ou mereça mesmo isto e muito pior, mas dentro de mim sinto que podia ser mais. é um aperto enorme, o coração chora mesmo quando os lábios esboçam um sorriso... o coração chora. hoje, amanhã e sempre! não vejo qualquer tipo de motivo para não chorar...eras tu!
junho 17, 2010
Porque nem sempre os dias são cor-de-rosa
"Em tempos de sofrimento e de dor abraçar-te-ei e embalar-te-ei, e tomarei o teu sofrimento e fá-lo-ei meu. Quando choras, eu choro, e quando sofres, eu sofro. E juntos tentaremos conter as marés de lágrimas e desespero e conseguir passar os buracos negros das ruas da vida."
- Nicholas Sparks -
- Nicholas Sparks -
Maybe
"...o melhor amor é aquele que acorda a alma
e nos faz querer mais,
que coloca fogo em nossos corações
e traz paz as nossas vidas,
foi isso que você fez comigo
e era isso que eu queria ter feito com você pra sempre..."
- Nicholas Sparks -
e nos faz querer mais,
que coloca fogo em nossos corações
e traz paz as nossas vidas,
foi isso que você fez comigo
e era isso que eu queria ter feito com você pra sempre..."
- Nicholas Sparks -
Ah pois é...
´Por vezes a minha dor é esmagadora, e embora compreenda que nunca mais nos voltaremos a ver, há uma parte de mim que quer agarrar-se a ti para sempre. Seria mais fácil para mim fazer isso porque amar outra pessoa pode diminuir as recordações que tenho de... ti. No entanto, este é o paradoxo: Embora sinta muitíssimo a tua falta, é por tua causa que não temo o futuro. Porque foste capaz de te apaixonar por mim, deste-me esperança, meu querido. Ensinaste-me que é possível seguir em frente com as nossas vidas, por mais terrível que tenha sido a nossa dor. E à tua maneira, fizeste-me acreditar que o verdadeiro amor não pode ser negado.'
- Nicholas Sparks -
- Nicholas Sparks -
junho 16, 2010
Saber amar não é amar
Amar é não saber e mesmo assim ter coragem de ir em frente, e guardar cada pedra do caminho para depois edificar o nosso palácio, como diria Fernando Pessoa.
Não é que tinha razão...
“É imoral pretender que uma coisa se realize magicamente, simplesmente, porque a desejamos. Só é moral o desejo acompanhado da severa vontade de prover os meios da sua execução.”
- José Ortega y Gasset -
- José Ortega y Gasset -
Sucessful - where is?
Li algures....
«Viajando de táxi, entre duas cidades da Califórnia, um meu amigo escutou do taxista a informação de que aquela mansão à beira da estrada pertencia a um grande industrial local. Perante a informação, o meu amigo exclamou “He must be a very rich men”, ao que o taxista retorquiu “No Sir, he is a successful man”. No “no Sir” estava implícito que o taxista distinguia entre quem era rico por herança e quem exibia o produto do seu trabalho.»
«Viajando de táxi, entre duas cidades da Califórnia, um meu amigo escutou do taxista a informação de que aquela mansão à beira da estrada pertencia a um grande industrial local. Perante a informação, o meu amigo exclamou “He must be a very rich men”, ao que o taxista retorquiu “No Sir, he is a successful man”. No “no Sir” estava implícito que o taxista distinguia entre quem era rico por herança e quem exibia o produto do seu trabalho.»
Eu+Eu
Vou procurar rumos só meus, sem sentir mais nada, só os meus passos a andar, só os meus passos a correr.
- Mafalda Veiga -
- Mafalda Veiga -
É duro...
...aprender que na vida, nada se repete, nada se promete, e é tudo tão fugaz e tão breve.
- Mafalda Veiga -
- Mafalda Veiga -
junho 15, 2010
junho 14, 2010
Continuo a sorrir...
"Eu também tenho medo, mas não digo nada. Gosto de sorrir para a vida e pensar que tudo vai correr bem, mesmo quando os dias me trocam as voltas e chego à noite estoirado a casa, sem encontrar sentido às coisas."
- margarida rebelo pinto -
- margarida rebelo pinto -
Cada macaco no seu galho
"Há um tempo para acreditar, um tempo para viver e um tempo para desistir, e nós tivemos muita sorte porque vivemos todos esses tempos no modo certo. Podias ter-me dito que querias conjugar o verbo desistir."
"É quando não esperamos mais das pessoas, que elas morrem no nosso coração..."
- margarida rebelo pinto -
"É quando não esperamos mais das pessoas, que elas morrem no nosso coração..."
- margarida rebelo pinto -
junho 12, 2010
Há duas maneiras de estar na vida...
eu diria mesmo, de vivê-la.
Ir à luta, arriscar quando for preciso e não baixar os braços perante aquilo que são as nossas maiores certezas. Viver intensamente o momento, absover o máximo de cada sabor, de cada perfume, de cada circunstância. Aprender, aprender muito. Mas nunca, jamais, deixar de viver e de lutar pelo que sente cá dentro.
Ou...
Ficar quieta, postura discreta e débil. Sentada numa esplanada a ver a vida passar ao lado, enquanto lês um bom livro. Deixar que a vida se encarregue daquilo que não és capaz de fazer. Atribuir tudo isso à sorte, ao azar, ao destino. No fundo, o que quer que seja que possa descupabilizar a tua inércia e apatia. Viver simplesmente, um passo de cada vez sem pensar, sem questionar, às vezes até sem sentir. Mas porque nada queremos fazer, limitamo-nos a ir vivendo.
E quando não sabes exactamente qual é a atitude que a vida te pede em determinado momento. Lutar ou aceitar. Oscilo por entre a penumbra de um dia que não chega, ando sei saber o chão que piso. Verdade seja dita que sempre fui muito intensa na forma como vivo e luto por cada pedaço da minha suposta felicidade. Mas a vida ensinou-me que há momentos, quando não sabes que direcção seguir, é preferível seres espectadora da tua própria existência. Custa-me pensar assim, ver a vida a correr e eu aser arrastada por ela, sem direito a qualquer intervenção. Mas mais vale ficar quieta do que seguir por caminhos ainda mais cinzentos do que aqueles em que me escondo. Se ao menos tivesse um sinal, um sinal que fosse...seria suficiente, agarrava-me a ele e não mais o largava. Segui-o, independentemente do sítio onde ele me levasse. O caminho, claro...
Ir à luta, arriscar quando for preciso e não baixar os braços perante aquilo que são as nossas maiores certezas. Viver intensamente o momento, absover o máximo de cada sabor, de cada perfume, de cada circunstância. Aprender, aprender muito. Mas nunca, jamais, deixar de viver e de lutar pelo que sente cá dentro.
Ou...
Ficar quieta, postura discreta e débil. Sentada numa esplanada a ver a vida passar ao lado, enquanto lês um bom livro. Deixar que a vida se encarregue daquilo que não és capaz de fazer. Atribuir tudo isso à sorte, ao azar, ao destino. No fundo, o que quer que seja que possa descupabilizar a tua inércia e apatia. Viver simplesmente, um passo de cada vez sem pensar, sem questionar, às vezes até sem sentir. Mas porque nada queremos fazer, limitamo-nos a ir vivendo.
E quando não sabes exactamente qual é a atitude que a vida te pede em determinado momento. Lutar ou aceitar. Oscilo por entre a penumbra de um dia que não chega, ando sei saber o chão que piso. Verdade seja dita que sempre fui muito intensa na forma como vivo e luto por cada pedaço da minha suposta felicidade. Mas a vida ensinou-me que há momentos, quando não sabes que direcção seguir, é preferível seres espectadora da tua própria existência. Custa-me pensar assim, ver a vida a correr e eu aser arrastada por ela, sem direito a qualquer intervenção. Mas mais vale ficar quieta do que seguir por caminhos ainda mais cinzentos do que aqueles em que me escondo. Se ao menos tivesse um sinal, um sinal que fosse...seria suficiente, agarrava-me a ele e não mais o largava. Segui-o, independentemente do sítio onde ele me levasse. O caminho, claro...
Allegro inspirador
É a repetição de afirmações que leva à crença. E assim que a crença se torna uma convicção profunda, as coisas começam a acontecer.
- Claude M. Bristol -
- Claude M. Bristol -
junho 09, 2010
Boring...
Este tempo não está com nada, logo para mim que sou uma amante do verão e de tudo o que ele trás de bom. Mas estar em casa doente, cheia de borbulhas sabe se lá porquê, ainda está com menos... Entre o inverno e estar doente, escolho obviamente a saúde. Agora os dois ao mesmo tempo, é dose de mais!!!!!!!!!!!
junho 08, 2010
Future
"O passado terminou. Aprendamos com ele e deixemo-lo ir. O futuro ainda não está aqui. Planeemos, sim, mas não gastemos o tempo a preocuparmo-nos com ele. A preocupação é uma perda de tempo. Quando pararmos de remoer sobre o que já aconteceu, quando pararmos de nos preocupar com o que poderá nunca vir a acontecer, então estaremos no momento presente. Só então começaremos a experimentar a alegria de viver."
- Brian Weiss in Só o amor é real -
- Brian Weiss in Só o amor é real -
Decide tu
"Não pedi para nascer, não consegui que alguém me amasse, tomei sempre as decisões erradas - agora deixo que a vida decida por mim."
- paulo coelho in 11 minutos -
- paulo coelho in 11 minutos -
junho 07, 2010
Optimismo + Optimismo
Acabo de levar um banho de positivismo, de alegria de viver, de optimismo perante toda e qualquer adversidade. Daqueles que nos enche a alma e nos faz pensar "para quê desperdiçar a vida por tão pouco??" Pena é estes momentos durarem pouco mais de meio segundo...
junho 06, 2010
junho 04, 2010
Woman Dream
O sonho de todas nós é ter um closet incrível, assim como o da Carrei. Daqueles onde podemos ver todos os sapatos, bolsas, acessórios e roupas bem dispostos, visíveis e organizados como numa vitrine. Mesmo à espera de serem usados.
Diga-se de passagem que esta é uma questão que me tem atormentado nas últimas semanas, ou não fosse a dimensão do meu roupeiro mini mini mini. Ando a congeminar ideias, passíveis de serem concretizadas...a verdade é que me falta espaço e dinheiro. Ando a tentar convencer-me de que se poderá tratar de um investimento a médio prazo, quando, de facto, o espaço aumentar, mas ainda assim...não sei.
Qualquer as maneiras, aqui ficam as dicas para, quem sabe, aplicar brevemente....
- A primeira providência a ser tomada para a organização de armários é uma análise criteriosa das roupas. Siga a dica da personal stylist Raquel Zoe e pergunte-se: qual foi a última vez que eu usei isso? Porquê guardar essa peça? - Mas só nós sabemos o quanto nos custa desfazermo-nos de uma pecinha que seja. O pensamento é sempre "Nunca se sabe quando irei precisar dela!"
- Depois, separe as roupas por tipo: as do dia-a-dia e as usadas em ocasiões especiais. - Fácil
- Após feita a seleção, organize, dentro das categorias, por cor e por uso: as que você usa mais devem ficar mais ao alcance das mãos; as que usa menos, mais ao fundo. - Pacífico
- Roupas de festa e peças delicadas – com bordados ou tecidos muito finos – ficam melhor conservadas dentro de caixas. O uso de cabides alcolchoados é indicado. - Hummm...já me parece luxos a mais, não?
- Caso tenha espaço, coloque os sapatos dentro de caixas. Senão, coloque-os dentro de sacos de TNT, que permitem que as peças respirem. Tente não colocar um em cima do outro, para não deformá-los.- E que tal organizá-los em prateleiras, assim mesmo à vista de todos? Em caixas poderão alguns ficar mais esquecidos...
- As bolsas devem ser guardadas também em sacos de TNT e podem ficar numa prateleira superior às roupas.
- Os biquínis, as lingeries, meias e as roupas de ginástica podem ficar em gavetas, prateleiras ou caixas: o acesso deve ser fácil e prático.
- Os casacos, as blusas de malha, shorts e bermudas devem ser dobrados e colocados em gavetas ou prateleiras.
- Camisas, calças, vestidos, saias, blazers e casacos de alfaiataria devem ser pendurados.
- Os acessórios devem ser colocados dentro de caixas ou gavetas separadas em nichos para colares, brincos, pulseiras. Os óculos podem ficar em uma prateleira.
- Caso você não tenha muito espaço, deixe apenas as roupas de uso da estação corrente à mão e guarde as outras dentro de malas ou caixas. A prática, comum na Europa, é uma maneira de não bagunçar de novo o seu armário! - Esta parece-me, sem dúvida, a melhor opção. Caso contrário o closet assume proporções excessivas.
Poderei sonhar??
Diga-se de passagem que esta é uma questão que me tem atormentado nas últimas semanas, ou não fosse a dimensão do meu roupeiro mini mini mini. Ando a congeminar ideias, passíveis de serem concretizadas...a verdade é que me falta espaço e dinheiro. Ando a tentar convencer-me de que se poderá tratar de um investimento a médio prazo, quando, de facto, o espaço aumentar, mas ainda assim...não sei.
Qualquer as maneiras, aqui ficam as dicas para, quem sabe, aplicar brevemente....
- A primeira providência a ser tomada para a organização de armários é uma análise criteriosa das roupas. Siga a dica da personal stylist Raquel Zoe e pergunte-se: qual foi a última vez que eu usei isso? Porquê guardar essa peça? - Mas só nós sabemos o quanto nos custa desfazermo-nos de uma pecinha que seja. O pensamento é sempre "Nunca se sabe quando irei precisar dela!"
- Depois, separe as roupas por tipo: as do dia-a-dia e as usadas em ocasiões especiais. - Fácil
- Após feita a seleção, organize, dentro das categorias, por cor e por uso: as que você usa mais devem ficar mais ao alcance das mãos; as que usa menos, mais ao fundo. - Pacífico
- Roupas de festa e peças delicadas – com bordados ou tecidos muito finos – ficam melhor conservadas dentro de caixas. O uso de cabides alcolchoados é indicado. - Hummm...já me parece luxos a mais, não?
- Caso tenha espaço, coloque os sapatos dentro de caixas. Senão, coloque-os dentro de sacos de TNT, que permitem que as peças respirem. Tente não colocar um em cima do outro, para não deformá-los.- E que tal organizá-los em prateleiras, assim mesmo à vista de todos? Em caixas poderão alguns ficar mais esquecidos...
- As bolsas devem ser guardadas também em sacos de TNT e podem ficar numa prateleira superior às roupas.
- Os biquínis, as lingeries, meias e as roupas de ginástica podem ficar em gavetas, prateleiras ou caixas: o acesso deve ser fácil e prático.
- Os casacos, as blusas de malha, shorts e bermudas devem ser dobrados e colocados em gavetas ou prateleiras.
- Camisas, calças, vestidos, saias, blazers e casacos de alfaiataria devem ser pendurados.
- Os acessórios devem ser colocados dentro de caixas ou gavetas separadas em nichos para colares, brincos, pulseiras. Os óculos podem ficar em uma prateleira.
- Caso você não tenha muito espaço, deixe apenas as roupas de uso da estação corrente à mão e guarde as outras dentro de malas ou caixas. A prática, comum na Europa, é uma maneira de não bagunçar de novo o seu armário! - Esta parece-me, sem dúvida, a melhor opção. Caso contrário o closet assume proporções excessivas.
Poderei sonhar??
Sex and the City 2
Pois é. Mais uma vez o divertimento, o glamour e a amizade a serem fielmente retratadas neste filme. Gostei do filme, é o típico de filme ligth, que nos diverte, sobretudo para quem era fã incondicional da série.
Para mim, um filme de televisão e não de cinema que acabam por ser apenas mais uma extensão da brilhante série que lhe dá o moto. Faltam noções básicas de cinema num enredo nem sempre inspirado, com uma realização pouco cuidada. A gestão de tempo é o mais crítico no filme que foi esticado para lá do desejável, carecendo de dinamismo e ritmo na sucessão de episódios. "Vemos aqui uma inversão de estilo, marcado por um "liberalismo económico" que atravessa todo o filme, tornando-o um produto mais de "direita" do que, na verdade, a série que, embora com essa componente que reforçava o glamour e o luxo, dava maior ênfase a um outro "liberalismo", esse de "esquerda": o "liberalismo social", denunciando todas as hipocrisias do conservadorismo e defendendo as liberdades individuais. O ter essas duas componentes, tornava a série atractiva a pessoas com ideologias muito díspares."
Os diálogos são o grande trunfo, tal como na série, mostram-se incisivos, com sentido de humor e pontualmente geneais, acabando por envolver e empolgar o espectador. O glamour mantém-se com um desfile de modelos como se de uma passarelle se tratasse.
As protagonistas, apesar de acomodadas pela vida, continuam com os traços de carácter, que tornam as suas atitudes facilmente reconhecíveis e que um fã acompanha com a cumplicidade de uma antiga amizade; há sentimento melhor que este?
junho 01, 2010
maio 31, 2010
Ir à praia alone...
Pois é. Nunca gostei de fazer este tipo de programas sozinha, mas a verdade é que fiz e soube muito bem. Estar sozinha (no meio de uma multidão de pessoas), eu, o Sol e o mar. Assim, bem próximos e os meus pensamentos a divagarem por tanto lado. Penso até que foram à Rússia e voltaram. Foi uma sensação óptima a de poder estar perdida em mim, tentar encontrar a ponta do fio que se perdeu... Vou repetir a experiência!
maio 28, 2010
Previsão astrológica....
O Mago
De que vale dramatizar? Os problemas não vão desaparecer, pois não? Quanto mais rápido se reerguer e os enfrentar, mais rápido poderá continuar a viver. Não se esqueça que, “o verdadeiro heroísmo consiste em persistir quando tudo parece perdido!”
Mesmo de que nada valha, sempre dá algum ânimo! :(
De que vale dramatizar? Os problemas não vão desaparecer, pois não? Quanto mais rápido se reerguer e os enfrentar, mais rápido poderá continuar a viver. Não se esqueça que, “o verdadeiro heroísmo consiste em persistir quando tudo parece perdido!”
Mesmo de que nada valha, sempre dá algum ânimo! :(
maio 26, 2010
Medo
"Quando se é feliz muito novo, a única obsessão que se tem é aguentar a coisa. Vive-se ansiosamente com a desconfiança, quase certeza de a coisa piorar. O pior é que as pessoas que se habituaram a serem felizes não sabem sofrer. Sofrem o triplo de quem já sofreu. É injusto mas é assim. No amor é igual. Vive-se à espera dele e, quando finalmente se alcança, vive-se com medo de perdê-lo. E depois de perdê-lo, já não há mais nada para esperar. Continuar é como morrer. As pessoas haviam de encontrar o grande amor das suas vidas só quando fossem velhas. É sempre melhor viver antes da felicidade do que depois dela."
- Miguel Esteves Cardoso -
- Miguel Esteves Cardoso -
maio 25, 2010
maio 24, 2010
Tristeza
"Vive a tua tristeza, tacteia-a, desfolha-a aos teus olhos, molha-a com lágrimas, envolve-a em gritos ou em silêncio, copia-a em cadernos, anota-a no teu corpo, anota-a nos poros da tua pele. Pois só se não te defenderes fugirá, por momentos, para outro lugar que não o centro da tua íntima dor"
maio 23, 2010
maio 22, 2010
Chorando se foi quem um dia só me fez chorar
Chorando estará, ao lembrar de um amor
Que um dia não soube cuidar
A recordação vai estar com ele aonde for
A recordação vai estar pra sempre aonde eu for
Que um dia não soube cuidar
A recordação vai estar com ele aonde for
A recordação vai estar pra sempre aonde eu for
maio 20, 2010
maio 19, 2010
Preferia não ter ouvido dizer
as mais belas palavras de amor que algum dia me disseram...
as mais verdadeiras promessas de eternidade que algum dia me fizeram...
as mais verdadeiras promessas de eternidade que algum dia me fizeram...
White&Balck
Porque há dias assim...
Fazes-me falta, preciso da tua luz para colorir o meu dia.
Porque há muitas coisas que só contigo fazem sentido. Lutar pelos sonhos sonhados a dois, traçar um futuro juntos, ver a família crescer, fazer a árvore de natal e viver a magia desta data. Sempre te disse que só contigo tudo isto faria sentido... acredita!
Fazes-me falta, preciso da tua luz para colorir o meu dia.
Porque há muitas coisas que só contigo fazem sentido. Lutar pelos sonhos sonhados a dois, traçar um futuro juntos, ver a família crescer, fazer a árvore de natal e viver a magia desta data. Sempre te disse que só contigo tudo isto faria sentido... acredita!
Valoriza-te...
És muito melhor do que julgas. Se ao menos me permitisses viver esses medos ao teu lado e afastá-los para que possas ser completamente feliz. Eu fazia-te feliz se me deixasses...
À espera de um Happy ENd
Carta a...
"Um dia vou escrever-te uma carta dizendo tudo aquilo que nunca tive coragem de te dizer… Vais perceber o que sinto e o que realmente significas para mim… A importância que tens na minha vida… Às vezes, penso que nunca me levaste a sério nem acreditaste nos sentimentos que teimei em te mostrar… Mas tinhas razão… Hoje sei que as palavras nao valem nada… Na verda de, tantas são aquelas jogadas fora, esquecidas no tempo, sem valor… Mas a minha carta vai ser diferente… E sei que te fará pensar, pelo menos durante o tempo em que a estiveres a ler… Eu conheço-te… Sei que por detrás dessa máscara de mau esta alguém cheio de n obres sentimentos, e que gosta de mim da mesma maneira que eu gosto de si, mas tem medo…
Um dia vou escrever-te uma carta dizendo que cheguei a acreditar que eras a outra metade de mim… Ainda hoje acredito, aliás… Nao é todos os dias que se encontra alguém com quem gostamos de estar, de conversar, alguém que nos compreende e que, embora diferente, seja tão parecido connosco…
Um dia vou escrever-te uma carta dizendo que sempre acreditei na grandeza dos laços que nos unem… Vou perguntar-te se nunca pensaste no facto de sempre nos termos dado melhor quando estavamos juntos do que quando estavamos afastados…
Um dia vou escrever-te uma carta dizendo que sempre esperei muito de ti, que sempre acreditei nas tuas qualidades, e desvalorizei os teus defeitos… Vou dizer-te que sempre te achei especial, que me fizeste rir tantas vezes quando estava triste, mas também chorar quando estava contente…
Um dia vou escrever-te uma carta dizendo que, apesar da liberdade com que sempre sonhei, fantasiei uma vida em conjunto contigo, imaginei-me a teu lado, rodeada de filhos… No fim de contas, não é uma aspiração legítima para quem ama?
Um dia vou escrever-te uma carta dizendo que te amo, e que sempre te vou amar, mas que não consigo viver mais na incerteza… Vou dizer-te que para mim nao existe meio termo e que o amor tem de ser vivido na sua plenitude, sem receios, sem medo de nos magoarmos…
Um dia vou escrever-te uma carta dizendo que és tudo para mim, mas que já não dá mais… Vou dizer-te que há alturas na vida em que toda a gente necessita de estabilidade… Vou encher-te de perguntas para tentar perceber o que não resultou, embora há muito que saiba a resposta… Vou dizer-te que sempre esperei que desses mais de ti e te entregasses mais…
Um dia vou escrever-te uma carta dizendo que foi contigo que passei os melhores momentos da minha vida… Vou dizer-te que fui feliz quando estive contigo, mas triste quando estavamos separados… Vou dizer-te que sempre quis entrar na tua vida, mas que tu nunca permitiste que isso acontecesse…
Um dia, quando tiver coragem, vou escrever-te uma carta para que percebas, de uma vez por todas, que desperdiçaste o que de melhor havia entre nós, mesmo sem te teres apercebido... Vou dizer-te que me fizeste perder uma parte de mim, a mais genuína e verdadeira, aquela que nunca mais deixará que me entregue a outra pessoa da mesma forma…
Um dia vou escrever-te uma carta dizendo que as portas do meu coração se fecharam, para ti e para toda a gente… E vou dizer-te que, ao mínimo sinal da tua parte, voltarei a abri-las… Porque o amor é isso mesmo…espera e dedicação total!
Um dia vou escrever-te uma carta…"
Resposta de...
"Um dia quando receber a tua carta vou deixar-me pensar em tudo aquilo que sempre sonhei mas que tive medo de me envolver. Vou perceber realmente aquilo que significas para mim, que sempre significaste e que sempre releguei para o sótão das minhas lembranças com medo de me expor, de me fragilizar, de ser o elo mais fraco… Eu sei que pensarei nas tuas palavras escritas mais do que naquelas que trocámos entre sorrisos ingénuos e olhares infinitos, sei que aquelas linhas me marcarão tanto como ao papel branco que lhes dá vida e que a perde por ser o mensageiro da tristeza. Sei que pensarei nelas mais e mais e ainda uma outra vez procurando sem pressas no que se desfaz o emaranhado em que a minha vida se tornou…
Um dia quando receber a tua carta vou ter pena de nunca te ter dito que sempre acreditei que eras a metade do meu eu incompleto. Que me convenci que por isso devias saber, devias senti-lo tão so como eu o senti vezes sem conta mas nunca te disse. Foi tão bom sentir que e possível haver alguém a quem não se precise de dizer nada, dar explicações ou desculpas, apenas estar, sentir, viver!...
Um dia quando receber a tua carta vou querer gritar-te que o afastamento que por vezes alimentámos era somente o avesso dos momentos em que estivemos juntos e como cada pano tem um avesso também o nosso afastamento é único e mágico e eleva ainda mais o que por ti sinto…
Um dia quando receber a tua carta vou dizer-te, sem chorar, que sempre te senti lá, à minha espera, que sempre me fizeste sentir tão especial e únicoe se calhar por isso deixei-me voar sem perceber que eras tu as minhas asas…
Um dia quando receber a tua carta vou ter pena de nunca te ter dito que às vezes, nas tardes de Verão, quando os meus olhos brilham por detrás de uma sombra interrompida, dou por mim a imaginar como serão bonitos os filhos que havemos de ter…
Um dia quando receber a tua carta vou ter de te confessar que o teu amor me encheu as medias, me fez sentir o homem mais feliz deste planeta, me fez sentir tao bem que tive medo de baixar a guarda, de me tornar patético de tão babado. Vou ter que te dizer que sempre resisti a esbugalhar-te essas bochechas e a apertar-te com uma força infinita, a fazer-te rodopiar no espaço e a cair contigo num colchão de nuvens, a gritar alto que te quero muito, que sempre te quis, sempre…
Um dia quando receber a tua carta vou tentar lembrar-te se ao menos terei sorrido abertamente quando me acariciaste, se nao cerrei os olhos quando me olhaste de frente e me deixaste ver o infinito dos teus e do teu ser, vou tentar lembrar-me se em todos aqueles momentos únicos que passámos teria sido possivel eu ter passado, um sinal que fosse, da felicidadeque então vivi, tão única e tão especial…
Um dia quando receber a tua carta vou saber que de nada vai adiantar tentar explicar-te que sempre deixei para amanhã as coisas que tinha planeado contigo, que sempre achei que teríamos uma vida inteira pela frente, que, estupidamente, deixei o “hoje” escorrer-me por entre os dedos, que nada nem ninguém é mais culpado que eu próprio, eu e o meu medo de ser eu…
Um dia quando receber a tua carta vou a correr bater às portas do teu coração, deixar para trás este orgulho hediondo que me sufoca, rir-me daqueles que hão-de gozar com a minha figura de homem apaixonado, pateticamente apaixonado!
Um dia quando receber a tua carta…"
(...porque quero que seja diferente, porque isso depende de nós, e porque a última carta pode ser escrita com os nossos sorrisos e pelo amor...aquele, só nosso!)
"Um dia vou escrever-te uma carta dizendo tudo aquilo que nunca tive coragem de te dizer… Vais perceber o que sinto e o que realmente significas para mim… A importância que tens na minha vida… Às vezes, penso que nunca me levaste a sério nem acreditaste nos sentimentos que teimei em te mostrar… Mas tinhas razão… Hoje sei que as palavras nao valem nada… Na verda de, tantas são aquelas jogadas fora, esquecidas no tempo, sem valor… Mas a minha carta vai ser diferente… E sei que te fará pensar, pelo menos durante o tempo em que a estiveres a ler… Eu conheço-te… Sei que por detrás dessa máscara de mau esta alguém cheio de n obres sentimentos, e que gosta de mim da mesma maneira que eu gosto de si, mas tem medo…
Um dia vou escrever-te uma carta dizendo que cheguei a acreditar que eras a outra metade de mim… Ainda hoje acredito, aliás… Nao é todos os dias que se encontra alguém com quem gostamos de estar, de conversar, alguém que nos compreende e que, embora diferente, seja tão parecido connosco…
Um dia vou escrever-te uma carta dizendo que sempre acreditei na grandeza dos laços que nos unem… Vou perguntar-te se nunca pensaste no facto de sempre nos termos dado melhor quando estavamos juntos do que quando estavamos afastados…
Um dia vou escrever-te uma carta dizendo que sempre esperei muito de ti, que sempre acreditei nas tuas qualidades, e desvalorizei os teus defeitos… Vou dizer-te que sempre te achei especial, que me fizeste rir tantas vezes quando estava triste, mas também chorar quando estava contente…
Um dia vou escrever-te uma carta dizendo que, apesar da liberdade com que sempre sonhei, fantasiei uma vida em conjunto contigo, imaginei-me a teu lado, rodeada de filhos… No fim de contas, não é uma aspiração legítima para quem ama?
Um dia vou escrever-te uma carta dizendo que te amo, e que sempre te vou amar, mas que não consigo viver mais na incerteza… Vou dizer-te que para mim nao existe meio termo e que o amor tem de ser vivido na sua plenitude, sem receios, sem medo de nos magoarmos…
Um dia vou escrever-te uma carta dizendo que és tudo para mim, mas que já não dá mais… Vou dizer-te que há alturas na vida em que toda a gente necessita de estabilidade… Vou encher-te de perguntas para tentar perceber o que não resultou, embora há muito que saiba a resposta… Vou dizer-te que sempre esperei que desses mais de ti e te entregasses mais…
Um dia vou escrever-te uma carta dizendo que foi contigo que passei os melhores momentos da minha vida… Vou dizer-te que fui feliz quando estive contigo, mas triste quando estavamos separados… Vou dizer-te que sempre quis entrar na tua vida, mas que tu nunca permitiste que isso acontecesse…
Um dia, quando tiver coragem, vou escrever-te uma carta para que percebas, de uma vez por todas, que desperdiçaste o que de melhor havia entre nós, mesmo sem te teres apercebido... Vou dizer-te que me fizeste perder uma parte de mim, a mais genuína e verdadeira, aquela que nunca mais deixará que me entregue a outra pessoa da mesma forma…
Um dia vou escrever-te uma carta dizendo que as portas do meu coração se fecharam, para ti e para toda a gente… E vou dizer-te que, ao mínimo sinal da tua parte, voltarei a abri-las… Porque o amor é isso mesmo…espera e dedicação total!
Um dia vou escrever-te uma carta…"
Resposta de...
"Um dia quando receber a tua carta vou deixar-me pensar em tudo aquilo que sempre sonhei mas que tive medo de me envolver. Vou perceber realmente aquilo que significas para mim, que sempre significaste e que sempre releguei para o sótão das minhas lembranças com medo de me expor, de me fragilizar, de ser o elo mais fraco… Eu sei que pensarei nas tuas palavras escritas mais do que naquelas que trocámos entre sorrisos ingénuos e olhares infinitos, sei que aquelas linhas me marcarão tanto como ao papel branco que lhes dá vida e que a perde por ser o mensageiro da tristeza. Sei que pensarei nelas mais e mais e ainda uma outra vez procurando sem pressas no que se desfaz o emaranhado em que a minha vida se tornou…
Um dia quando receber a tua carta vou ter pena de nunca te ter dito que sempre acreditei que eras a metade do meu eu incompleto. Que me convenci que por isso devias saber, devias senti-lo tão so como eu o senti vezes sem conta mas nunca te disse. Foi tão bom sentir que e possível haver alguém a quem não se precise de dizer nada, dar explicações ou desculpas, apenas estar, sentir, viver!...
Um dia quando receber a tua carta vou querer gritar-te que o afastamento que por vezes alimentámos era somente o avesso dos momentos em que estivemos juntos e como cada pano tem um avesso também o nosso afastamento é único e mágico e eleva ainda mais o que por ti sinto…
Um dia quando receber a tua carta vou dizer-te, sem chorar, que sempre te senti lá, à minha espera, que sempre me fizeste sentir tão especial e únicoe se calhar por isso deixei-me voar sem perceber que eras tu as minhas asas…
Um dia quando receber a tua carta vou ter pena de nunca te ter dito que às vezes, nas tardes de Verão, quando os meus olhos brilham por detrás de uma sombra interrompida, dou por mim a imaginar como serão bonitos os filhos que havemos de ter…
Um dia quando receber a tua carta vou ter de te confessar que o teu amor me encheu as medias, me fez sentir o homem mais feliz deste planeta, me fez sentir tao bem que tive medo de baixar a guarda, de me tornar patético de tão babado. Vou ter que te dizer que sempre resisti a esbugalhar-te essas bochechas e a apertar-te com uma força infinita, a fazer-te rodopiar no espaço e a cair contigo num colchão de nuvens, a gritar alto que te quero muito, que sempre te quis, sempre…
Um dia quando receber a tua carta vou tentar lembrar-te se ao menos terei sorrido abertamente quando me acariciaste, se nao cerrei os olhos quando me olhaste de frente e me deixaste ver o infinito dos teus e do teu ser, vou tentar lembrar-me se em todos aqueles momentos únicos que passámos teria sido possivel eu ter passado, um sinal que fosse, da felicidadeque então vivi, tão única e tão especial…
Um dia quando receber a tua carta vou saber que de nada vai adiantar tentar explicar-te que sempre deixei para amanhã as coisas que tinha planeado contigo, que sempre achei que teríamos uma vida inteira pela frente, que, estupidamente, deixei o “hoje” escorrer-me por entre os dedos, que nada nem ninguém é mais culpado que eu próprio, eu e o meu medo de ser eu…
Um dia quando receber a tua carta vou a correr bater às portas do teu coração, deixar para trás este orgulho hediondo que me sufoca, rir-me daqueles que hão-de gozar com a minha figura de homem apaixonado, pateticamente apaixonado!
Um dia quando receber a tua carta…"
(...porque quero que seja diferente, porque isso depende de nós, e porque a última carta pode ser escrita com os nossos sorrisos e pelo amor...aquele, só nosso!)
Pesadelo
«Prefiro não saber, não te ouvir, não sentir ao olhar a tua sombra na parede e perceber que pode ser a última vez que a luz desenha o teu perfil aquilino, metade pássaro, metade imperador. Prefiro não saber que partes, porque ao menos assim, não choro a tua ausência, porque não me foi anunciada. E se não fizeres barulho e eu continuar adormecida, no dia seguinte vou imaginar que acordei em um outro lugar, que entrei numa dimensão desconhecida, que mudei de nome e de coração e que, como nunca te conheci, não posso chorar a tua perda.»
- margarida rebelo pinto -
- margarida rebelo pinto -
Não me deixes cair
Agarra-me!
Prende-me a ti!
Não me deixes escapar... não me deixes cair!
Eu sem ti sou muito menos do que sou ao teu lado!
Ensinas-me tanto! Ensinas-me a respirar de uma maneira mas livre e verdadeira...
Conheci mais de mim, quando te conheci!
Não me deixes cair...acho que será o meu fim!
Sufoco
Amar, de verdade, essa marca distinta, tem sempre só um dono...
A vida é tão curta para desperdiçámos aquilo que mais amamos e que mais nos faz feliz. Custa a crer que assim tenha que ser. Mais vale tarde do que nunca, perceber e lutar por algo assim vem das profundezas da alma, do mais puro do nosso ser. Custa a crer! Deixa-me lutar...contigo, ao teu lado, por ti!
A vida é tão curta para desperdiçámos aquilo que mais amamos e que mais nos faz feliz. Custa a crer que assim tenha que ser. Mais vale tarde do que nunca, perceber e lutar por algo assim vem das profundezas da alma, do mais puro do nosso ser. Custa a crer! Deixa-me lutar...contigo, ao teu lado, por ti!
maio 18, 2010
2ª oportunidade
Marcelo Rebelo de Sousa dizia hoje, a propósito do seu regresso à TVI, que se tratava de uma segunda oportunidade. Dizia ele "Nada é exactamente igual, o país nao é igual, a TVI não é exactamente igual, eu não sou igual. Vamos ver se nesta nova versão, com um novo país a comentar, com uma nova TVI e com um novo Marcelo, vai dar certo (...) tentar descobrir novas coisas, além daquilo que já existia."
Respeito-te
Por tudo aquilo que tu és e representas para mim.
Vou respeitar-te em tudo, do fundo do coração...
Vou respeitar-te em tudo, do fundo do coração...
Carta de amor
Porque estas palavras me tocaram, porque há muito tempo que não lia nada com tamanho significado, porque quero acreditar que ainda são verdadeiras, porque foram elas neste momento que me indicaram o caminho...
«Sinto que nada está perdido, e que tudo é possível, pois tudo nesta vida tem solução, inclusive no amor. Basta as partes interessadas lutarem por um mesmo querer.
Se o caminho para te encontrares passar por mim, ou por uma possivel reconciliação...Estou aqui para te ajudar, para te apoiar, para te amar, e acima de tudo para confiar.
Há tanta coisa mais que gostaria de te dizer...mas faltam me as palavras...e só as palavras não bastam...
Não te quero magoar, gostava que muita coisa fosse diferente, mas mais uma vez teriamos que lutar por um mesmo fim...
Não tenho medo de o dizer, ainda te amo, mas isso não chega...»
Queria que tudo isto fosse real, que fosse o mais puro sentimento que um coração apaixonado pode emanar. Queria que carregasses junto comigo o medo que me assola nesta descoberta. Queria uma nova oportunidade...para, pelo menos, perceber!
«Sinto que nada está perdido, e que tudo é possível, pois tudo nesta vida tem solução, inclusive no amor. Basta as partes interessadas lutarem por um mesmo querer.
Se o caminho para te encontrares passar por mim, ou por uma possivel reconciliação...Estou aqui para te ajudar, para te apoiar, para te amar, e acima de tudo para confiar.
Há tanta coisa mais que gostaria de te dizer...mas faltam me as palavras...e só as palavras não bastam...
Não te quero magoar, gostava que muita coisa fosse diferente, mas mais uma vez teriamos que lutar por um mesmo fim...
Não tenho medo de o dizer, ainda te amo, mas isso não chega...»
Queria que tudo isto fosse real, que fosse o mais puro sentimento que um coração apaixonado pode emanar. Queria que carregasses junto comigo o medo que me assola nesta descoberta. Queria uma nova oportunidade...para, pelo menos, perceber!
maio 17, 2010
Sentadinha
Vou ficar sentadinha à espera das respostas que neste momento estão tão difusas no meu coração. Mais do que procurar-te, tentei encontrar-me... é doloroso o sofrimento que atinge que nem uma flecha, a destruir cada pedaço da minha existência. Preferia não sentir o desespero do vazio, de adormecer sem o calor do teu abraço... Viraste-me as costas, eu sei que é o mais fácil, não te condeno, de todo...só exalta a tua classe, os teus valores! Desculpa por forçá-los, mas fi-los por um bem maior, o sentimento! :(
Trigo vs joio
Há dias em que é difícil perceber o óbvio, porque afinal de contas é o mais doloroso: que as pessoas não são o que esperamos delas, que o mundo não é assim tão cor-de-rosa como por vezes se faz parecer e que a vida tem muito mais de indefinição e dor. No meio de tudo isto, é difícil separar o trigo do joio, perceber exactamente onde residem aqueles que se assemelham a nós, em sentimentos, intenções e moralidade. E quando nos dizem " não sou igual à manada" e nos mostram exactamente o aposto, é difícil acreditar...sorry!
Um dia sinto que tive esta vontade de viver , a ingenuidade de pensar que a vida é um estado primaveril permanente, que o cor-de-rosa domina as pessoas e o Mundo. Era mais feliz nessa altura, porque lutava contra as contrariedades de forma positiva e aguerrida. Não desanimava facilmente, ia à luta... Hoje estou mais resignada, mas muito menos feliz. Falta-me o brilho no olhar. Falta-me um sinal para que tudo mude... mas ele tarde em chegar, o mais certo mesmo é não aparecer e eu continuar sentada a olhar para o horizonte, acreditando que é o caminho, quando não vejo mais do que um abismo à minha frente... que me fará cair, sem dó nem piedade, enquanto tu, sim TU, assistes de camarote à minha queda, sem me oferecer o colo que eu tanto quero e preciso.
Nada muda
Tudo gira e um dia volta ao mesmo lugar.
Há frases curiosas no msn... Não sei se tudo volta ao mesmo lugar. Eu esperava que voltasse ao mesmo lugar apenas quando é correcto/justo/preoveitoso que assim seja. Quando isso não acontece, mais vale deixar tudo como está e acreditar que o mundo é quadrado, não há forma de o contornar!
Há frases curiosas no msn... Não sei se tudo volta ao mesmo lugar. Eu esperava que voltasse ao mesmo lugar apenas quando é correcto/justo/preoveitoso que assim seja. Quando isso não acontece, mais vale deixar tudo como está e acreditar que o mundo é quadrado, não há forma de o contornar!
Que fazer?
Recebi hoje um e-mail que dizia "Se pudéssemos ter consciência do quanto a nossa vida é passageira, talvez pensássemos duas vezes antes de deitar fora as oportunidades que temos de ser e de fazer os outros felizes!!"
Mesmo tendo consciência disso, porque é que continuamos deliberadamente a deitar fora a felicidade?! Pensando que um dia ela poderá vir ter connosco, de livre e espontânea vontade. A felicidade não é assim ela é mesmo caprichosa!!
Mesmo tendo consciência disso, porque é que continuamos deliberadamente a deitar fora a felicidade?! Pensando que um dia ela poderá vir ter connosco, de livre e espontânea vontade. A felicidade não é assim ela é mesmo caprichosa!!
Encontra-me se quiseres
o caminho continua a ser o mesmo, devidamente sinalizado para que não haja enganos. Por isso não tens desculpa, a não ser a falta de vontade, a inércia do medo, a indiferença do sonho.
Não sei
onde te encontrar. E isso assusta-me. Deixa-me aterrada de medo. Ansiosa. Deseperadamente ansiosa. E perdida, de mim, daquilo que fui e daquilo que posso ser.
Um dia
Saberei com certeza o desfecho desta história, hoje a tristeza e a desilusão turvam-me o olhar e nem o chão onde piso consigo vislumbrar. Carrega-me ao colo se fores capaz, leva-me contigo se me quiseres, faz-me feliz se acreditares, mas, por favor, não me deixes cair!
Magoaste-me...
porque eu deixei que me magoasses, porque me pus a jeito, porque, no fim de contas, tudo o que eu queria era sentir que já não havia hipóteses para não ter que lutar pelo impossível
maio 16, 2010
Sinto-me só
"...só no meio de ti, só no meio do mundo, só como se ninguém me visse, ninguém me ouvisse, ninguém me quisesse. Sinto-me só no meu vazio, só no meu buraco, sinto-me só. Preciso de ti e do teu sorriso, preciso de me sentir outra vez completa, fizeste de mim um puzzle e contigo levas-te a ultima peça e agora não sei como me completar. Sinto-me só, devolve-me a felicidade de outrora, devolve-me os sorrisos e o bem-estar, devolve-me a sensação de quente e de amor. Porque foste? Porque a levas-te, e a aqui fico, só, só sem ti, só sem mundo. Devolve-me a minha peça e deixa-me ir."
(porque faz sentido hoje)
(porque faz sentido hoje)
Desejei um dia...
Remar no mesmo barco em que tu remas, acompanhar a tua passada, apoiar-te quando estás desamparada, unir-me num só, porque temos tudo ao nosso alcance.
Revejo-me contigo, muito velhinhos, a ver os nossos netos a correr, os nossos filhos a sorrir e no final do dia aconchegar-te a ti no nosso leite, até ao fim...dos nossos dias!
Revejo-me contigo, muito velhinhos, a ver os nossos netos a correr, os nossos filhos a sorrir e no final do dia aconchegar-te a ti no nosso leite, até ao fim...dos nossos dias!
Por sentir a tua falta
«Está frio, mas o céu está limpo e consigo ver todas as estrelhas a brilhar e, como sempre, lá está a Lua, misteriosa mas com uma beleza e atracção inigualáveis.
O vento tenta acariciar-me o corpo e deixa-me a pele rosada, percorrendo-me uma sensação estranha , na qual qualquer sentimento mau desaparece dentro de mim.
Encontro-me perto do mar, numa falésia bem alta despida de vegetação, na qual as ondas insistem em acertar de forma constante.
Naquele preciso momento, o cheiro a mar, com o ar puro que percorria os meus pulmões e a minha solidão com a imensidão do mar, fizeram sentir-me um enorme calor no peito e alguma esperança, e repito, qualquer sentimento mau parecia desaparecer. Quase que era feliz.
No entanto, comecei a divagar na minha mente, enquanto permanecia estático naquela falésia, sem mexer um único músculo do meu corpo. Não demorou muito a perceber que o que me faltava era a tua companhia, repito, a tua companhia. O que me incomodava era a tua ausência, a saudade de ti...
Assim como uma noite, em que olho para o céu e não vejo a Lua na companhia das estrelas, bem como não ver o mar constantemente e de forma incessante a abraçar aquela falésia, a qual ali está e vai ficar, sempre, mas sempre, até um dia a erosão a apagar e o mar a levar consigo de vez para a eternidade.»Foto: Miguel Madaíl de Freitas (http://www.miguelmadail.com/)
Simplicidade
....no amor. Para quê complicar aquilo que pode ser (e é) simples. 2+2 são 4. Mas, pelo contrário, tendemos a colocar pontos e vírgulas nas relações, por vezes até mesmo fazer parágrafos, na esperança de que o narrador (nós próprios) saiba como continuar a história, com a mesma intensidade. A verdade é que um dia acordamos e damo-nos conta que passou demasiado tempo, que o prazo de hipoteca está a expirar e procuramos desesperadamente retomar o caminho, a história, a vida...a felicidade! Nem sempre conseguimos. Quase nuna conseguimos. Seria necessário ter o Universo a conspirar por nós e nós a respeitar as suas directrizes...
Horizonte do sentir
«Sei-o bem, não to dissera antes porque ainda há barreiras para o tédio do além sentir, baixinho suspirara tanta vez a nova aurora que aparecia confusa nas minhas manhãs. Anunciei os meus passos antes de tos contar em segredos inquebráveis, depois despi os sufocos e os suspiros e como se fossem quedas de água deixei que me percorressem o corpo inteiro onde tu moravas. Agitei os meus olhos castanhos em direcção às tuas mãos, questionei-as acerca das sua carícias mas elas nem para mim falaram. Enfim soube, sempre soube, que o limite entre o que é de mim e o que é de ti era mais ténue do que a barreira que quebrava o horizonte. O meu horizonte és tu entre rasgos de pequenez. A minha grandeza reside no melhor de ti, a minha força está no teu sorriso, a minha simplicidade é a breve e ligeira quietude ternurenta da tua vida. »
In http://dancadelagrimas.blogspot.com/
In http://dancadelagrimas.blogspot.com/
maio 15, 2010
Just 4
Everybody needs inspiration
Everybody needs a soul
A beautiful melody
When the night's so long
Cause there is no guarantee
That this life is easy
Yeah, when my world is falling apart
When there's no light to break up the dark
That's when I, I, I look at you
When the waves are flooding the shore and I
Can't find my way home anymore
That's when I, I, I look at you
Prove to me
All I need
You're beautiful
Everybody needs a soul
A beautiful melody
When the night's so long
Cause there is no guarantee
That this life is easy
Yeah, when my world is falling apart
When there's no light to break up the dark
That's when I, I, I look at you
When the waves are flooding the shore and I
Can't find my way home anymore
That's when I, I, I look at you
When I look at you
I see forgiveness
I see the truth
You love me for who I am
Like the stars hold the moon
Right there where they belong and I know
I'm not alone
You, appear, just like a dream to me
Just like cyledoscope colors thatProve to me
All I need
Every breath, that I breathe
Don't you know?You're beautiful
Falar baixinho
Vou susurrar-te ao ouvido tudo aquilo que te quero dizer neste momento e não posso, tudo aquilo que me atormenta a alma, que me consome a vida, sem poder vivê-la com a cor e a alegrai de outrora. Saberei em algum momento do futuro recuperá-las? Não sei...não me dizes, queres esconder-me tudo. Não te condeno, não me supreende, mas deixa-me mais triste. Sei o que poderíamos ser, o que posso vir a ser e, acima de tudo, sei que os meus sonhos se mantêm GRANDES como sempre. Se o concretizarei? Depende de ti...depende de mim...depende de nós...depende da sorte...depende do azar...depende das circunstâncias da vida que criarmos. Mas um dia vou saber...quando estiver sentada à lareira, com as rugas dos anos a reluzirem no meu rosto, olharei para trás e das duas uma: estarei feliz na certeza de que tudo vivi e de que tudo concretizei ao teu lado; ou irei recordar na certeza da tristeza que me algemou que não foi nada daquilo que podia ter sido.
Escolhe. Eu já escolhi!
Escolhe. Eu já escolhi!
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